Donald M. Kendall morreu no sábado (19), aos 99 anos. O executivo foi responsável por transformar a PepsiCo Inc. em uma das maiores empresas de salgadinhos e bebidas e apresentou o refrigerante americano à base de cola para a União Soviética no auge da Guerra Fria. De acordo com o Walll Street Journal, Kendall morreu de causas naturais.
Kendall tornou-se executivo chefe da Pepsi-Cola Co. em 1963, aos 42 anos, e presidiu a empresa até sua aposentadoria em 1986. Durante este período, as vendas da empresa cresceram quase 40 vezes, devido ao elaborado ataque de marketing ao domínio da rival Coca-Cola.
“Ele foi implacável quanto ao crescimento de nossos negócios, um líder destemido e o melhor vendedor”, disse Ramon Laguarta, presidente da PepsiCo. “Sob muitos aspectos, foi o homem que fez a PepsiCo.”
Kendall disse a frase que se tornaria famosa e usada pelas duas empresas durante a “guerra de cola”: Elas revelaram o que há de melhor em nós”, disse ele. “Se não houvesse uma Coca-Cola, teríamos que inventar uma, e eles teriam que inventar uma Pepsi.”
Em 1965, Kendall concordou com a fusão da Pepsi-Cola Co de Nova York com a gigante de chips de batata Frito-Lay Co., de Dallas, Texas.
De acordo com a Pepsi, Kendall quase dobrou o número de países que vendiam Pepsi, durante seu período na chefia da Divisão Internacional, de 1957 a 1963. Em 1959, ele organizou um estande na Exposição Nacional Americana em Moscou. Com ajuda do então vice-presidente Richard Nixon, ele ofereceu Pepsi ao primeiro-ministro soviético Nikita Khrushchev, que aceitou vários copos e achou a bebida “refrescante”.
Kendall se gabava de que a Pepsi foi o primeiro produto de consumo americano a ser vendido na União Soviética. Em 1974, a Pepsi abriu sua primeira fábrica na URSS.
Kendall morreu de causas naturais, em sua residência. Ele deixa mulher, Sigrid Kendall, e os filhos, Edward, Donna, Donald Jr. e Kent.
Diário da paraíba com ClickPB