Agamenon ingressou no PCdoB em 1970, no auge da ditadura militar no Brasil. Estudou Direito naquela década, mas desistiu. Depois fez Letras já na década de 1990. Ele era integrante da chamada “Geração 68” e foi atuante nas lutas estudantis da época. O ano de 1968 foi marcado por grandes mobilizações estudantis contra a ditadura, instalada no país quatro anos antes.
O marco inicial das manifestações foi a morte do secundarista Edson Luís de Lima Souto, em 28 de março de 1968, com um tiro no peito, disparado por um soldado-PM no Restaurante Central dos Estudantes, o Calabouço, no Rio de Janeiro. Três meses e uma série de protestos depois, no dia 26 de junho, uma multidão marchou pelas ruas centrais da capital fluminense, no ato que ficou conhecido como a “Passeata dos Cem Mil”, um dos mais emblemáticos eventos da história de resistência ao golpe militar.
Em João Pessoa, jovens universitários e secundaristas se uniram num mesmo ideal e saíram às ruas para protestar contra a violência e o arbítrio da ditadura, por melhorias na educação e pelas liberdades democráticas. Agamenon era um desses jovens. Aos 15 anos, estudante do 3º ano do curso ginasial do Colégio Estadual do Róger, Agá, como é mais conhecido, ensaiava, na época, os seus primeiros passos no movimento estudantil. Embora ainda garoto, participou da articulação dos atos, engrossou as passeatas que se espalhavam pelo centro da cidade e enfrentou a polícia nos muitos confrontos de rua.
Casado e com três filhos, além de servidor público federal aposentado, também era desenhista e poeta. Agamenon nasceu em Orobó, Pernambuco, em 11 de fevereiro de 1953.
Fonte: Espaço PB