MPPB denuncia Ricardo Coutinho, quatro irmãos e mais cinco pessoas por lavagem de dinheiro, ocultação de bens e falsidade ideológica

O Ministério Público da Paraíba, por meio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (MPPB/Gaeco), encaminhou denúncia ao Poder Judiciário, na 6ª Vara Criminal, contra o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), quatro irmãos e mais cinco pessoas, no âmbito da Operação Calvário. Os investigados são acusados dos crimes de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.

Esta é a 21ª ação fruto da Operação Calvário e, desta vez, explora os laços de família, tendo como alvos parentes do ex-gestor. O rol de suspeitos inclui os irmãos Coriolano Coutinho, Raquel, Valéria e Viviane, além de Denise Krummenauer Pahim, cunhada de Raquel, Breno Dornelles Pahim Filho (marido de Raquel) e Breno Dornelles Pahim Neto.

Segundo o Gaeco, as investigações, mostraram o entrelaçamento das famílias em supostas composições societárias que teriam o objetivo de desviar e ocultar recursos públicos. Os alvos seriam contratos nas áreas de saúde e educação, que teriam sido explorados pela suposta organização criminosa e que viraram objeto de 21 denúncias apresentadas pelo Ministério Público até agora.

O Gaeco alega na denúncia que o desvio de recursos teria como objetivo a garantia da estabilidade financeira e longa permanência dos integrantes do grupo na administração estadual. A acusação é de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica e fixa o pagamento como reparação no montante de R$ 3,3 milhões. A denúncia envolve sociedade em empresas, empreendimento imobiliário, aquisição de apartamento em Fortaleza, investimentos em fazenda na cidade de Bananeiras e apreensão de dinheiro em moeda estrangeira (euros e dólares).

Nesta quinta-feira (2) a juíza Shirley Abrantes Moreira Régis declarou suspeição e se afastou do caso e, com isso, um novo magistrado será designado para o acompanhamento da denúncia.

Wscom