Segundo os dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), surgem 68.220 novos casos de câncer de próstata e acontecem cerca de 15 mil mortes por ano da doença, no Brasil, desde 2020. Inúmeros fatores estão associados à quantidade de pessoas com esta doença, o principal deles é o preconceito social acerca do assunto. A campanha do Novembro Azul visa trazer mais conscientização para população masculina sobre os cuidados necessários com saúde.
Pensando nisso, a coordenadora do curso de Enfermagem da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau João Pessoa, Karla Fernandes, explica que, por conta do preconceito e/ou medo do diagnóstico, os homens são menos atentos a estas questões de saúde e autocuidado se comparado às mulheres, por exemplo. “É muito perceptível a resistência do público masculino em se cuidar de modo geral. Entretanto, este cenário vem mudando gradualmente e acredito ser uma questão de tempo para ficar no passado e parar de ser uma problemática. Mas ainda existe o mito enraizado entre eles do exame do toque retal ser feito de imediato, logo na primeira consulta, para todos os casos, e não é bem assim”, afirma a profissional.
A profissional complementa dizendo ser necessário fazer um exame de sangue para saber se, de fato, é necessário recorrer ao toque retal. “O Antígeno Prostático Específico (PSA) é indicado ser feito previamente. Ele mostrará se é necessário ir para a segunda fase do teste ou não. As pessoas precisam parar de achar que todo homem fará o toque retal de imediato. Com esta narrativa errada, cria-se um distanciamento do cuidado e só aumenta o número de casos, podendo serem evitados com uma simples informação”, aponta.
Para isso, é importante estar em alerta sobre os sintomas aparentes e até mesmo os que não são, pois é muito comum não aparecer nenhum e agravar o estado de saúde, diminuindo as chances de cura. A dor óssea, dores ao fazer xixi, vontade de urinar com frequência e presença de sangue na urina e/ou no sêmen são os principais sinais para estar de olho. Cuidar da saúde física e mental, ter uma alimentação saudável e praticar exercícios físicos também são alternativas viáveis e podem se tornar padrões essenciais para o bem-estar.
Por Isabelle Vasconcelos com Diário da Paraíba