A distribuição ampla das vacinas contra a Covid-19 devem ser realizadas após os ensaios clínicos atingirem os padrões mínimos de eficácia e segurança. Para que isso aconteça, é necessário um período de tempo para testagem, correção e comprovação dos efeitos do fármaco no sistema imunológico. Com isso, para que haja a imunização de 70% da população mundial, é preciso aguardar até 2022. A informação é da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgada nesta quarta-feira (9), pela cientista-chefe Soumya Swaminathan, em uma coletiva de imprensa.
“É importante que as pessoas saibam que, quando a vacina chegar, vai levar tempo até que a produção seja ampliada para que todos ou pelo menos 60% ou 70% da população consigam a imunidade. Isso é o que chamamos de imunidade de rebanho, que realmente pode desacelerar a transmissão”, explicou a cientista-chefe da OMS.
De acordo com Swaminathan, as medidas em prevenção ao vírus – uso de máscaras, álcool em gel e o isolamento social – devem ser mantidas durante e depois do processo de aprimoramento das vacinas. Pois, além do período de testagem dos ensaios clínicos e licenciamento, será preciso esperar pela produção, distribuição e aplicação da vacinação em massa.
“Não estamos falando em erradicar o vírus. Mas reduzir o impacto que hoje tem na sociedade e nas vidas”, disse Soumya. “Isso vai levar certamente até 2022 para que essa mudança aconteça. Até lá, as pessoas precisam ser disciplinadas. Essa é a única solução”, concluiu a cientista.
A liberação das primeiras doses da vacina em imunização ao coronavírus estão previstas para o início de 2021, e serão direcionadas, prioritariamente, aos profissionais da saúde, idosos e pacientes portadores de doenças crônicas. Após isso, a vacina será ampliada para a população em geral, conforme informações divulgadas pela OMS.
Letícia Nunes com Diário da Paraíba.