Opinião: O médico que tirou Bayeux da UTI

Saber a hora de falar, saber a hora de agir, saber a hora de calar e, sobretudo, saber não só a hora, mas também como articular. Esses são alguns dos pré-requisitos que fazem um mandatário de cargo eletivo permanecer em evidência, mesmo sem a constância dos holofotes midiáticos.

A eleição indireta, realizada nesta quarta-feira (19), na Câmara Municipal de Bayeux, contou com todos esses ingredientes, graças a perspicácia de um agente político que, mesmo sem aparecer, conseguiu trazer de volta à terra dos caranguejos o seu batimento cardíaco. Coincidência ou não, o responsável por toda essa articulação foi o doutor do coração, Damião Feliciano, do PDT, que com uma recomendação certeira, receitou um novo remédio para curar Bayeux.

Foi Damião o responsável por conversar, articular e convencer em um só pensamento um bloco de parlamentares que nos últimos quatro anos pouco têm convergido.

Com sua voz mansa, nada adepta a gritos ou escândalos, ele mostrou um leque de possibilidades e fez surgir a fumaça branca na Casa Severaque Dionísio.

Em meio às inúmeras divergências entre executivo e legislativo municipal, Doutor Damião – que tem em casa um exemplo de que a mulher na política é uma voz de compreensão – mergulhou nos bastidores e conseguiu fazer com quase a unanimidade da Câmara acreditar que eleger Luciene de Fofinho prefeita, e Adriano Martins vice prefeito, até 31 de dezembro, seria a melhor solução para tirar Bayeux da instabilidade administrativa e da insegurança jurídica em que se encontra.

Luciene é a 5ª a ocupar o cargo de prefeito em Bayeux em menos de quatro anos, talvez o remédio que a população ansiava. Até 31 de dezembro, o município caminha para um novo tempo. A cidade conquistou um novo fôlego e começa a respirar novos ares, com uma estratégia eficaz e com um remédio que passa ‘de coração para coração’.

Mônica Dias – PBAgora