Centenas de passageiros do navio de cruzeiro Ruby Princess, que desembarcou na cidade de Sydney, na Austrália, no dia 19 de março deste ano e está ligada a mais de 700 casos e 20 mortes por covid-19, entraram com uma ação coletiva contra seus operadores.
As autoridades australianas também estão investigando a Ruby Princess, considerada um dos principais focos da pandemia em seu país, pela suposta violação das normas de segurança ao permitir o desembarque de cerca de 2,7 mil passageiros, apesar de alguns deles apresentarem sintomas como os do novo coronavírus.
O escritório de advocacia Shine Lawyer, que entrou com a ação no Tribunal Federal da Austrália, considera que os operadores de navios de cruzeiro, a Carnival e a Princess Cruise Lines violaram as leis do consumidor, agindo de maneira enganosa e negligente.
“Proprietários e operadores estavam cientes do risco de que os passageiros poderiam contrair o coronavírus antes da partida do cruzeiro, e não tomaram medidas para garantir que estivessem seguros”, disse a advogada da ação coletiva, Vicky Antzoulatos.
Nos Estados Unidos, a família de Chung Chen, que morreu de covid-19 após viajar no Ruby Princess, que partiu de Sydney em 8 de março, entrou com um processo civil separado contra os operadores por suposta negligência.
Com mais de 13,6 mil casos confirmados e 139 mortes, a Austrália conseguiu controlar a pandemia, apesar de novos surtos terem surgido em Melbourne, no final de junho, e as autoridades terem imposto uma nova quarentena nesta cidade.
Diário da Paraíba com R7