Passeata em Roma pede fim da violência contra mulheres

Milhares de pessoas se reuniram nesse sábado (23) em Roma, na Itália, com o objetivo de pedir um fim da violência contra as mulheres no país. Organizada pelo movimento ‘Not a Minus’, a passeata, que chegou ao quarto ano consecutivo, começou na Piazza della Repubblica e foi até a Piazza San Giovanni. Pelo caminho, os manifestantes leram os nomes de todas as vítimas da violência na Itália.

De acordo com as autoridades do país, a cada 72 horas na Itália, uma mulher é morta por um conhecido, na maioria dos casos o assassino é o próprio parceiro. Além disso, três em cada quatro feminicídios acontecem em casa.

“A violência não tem passaporte ou classe social, mas muitas vezes tem as chaves da casa e é repetida nos tribunais e instituições”, afirma a ‘Not a Minus’. Dados divulgados pela polícia local, com base na pesquisa de 2019 da ‘Isso não é amor’, o número de mulheres mortas por companheiros aumentou de 37% em 2018 para 49% entre janeiro e agosto deste ano.

Na manifestação, o público também lembrou que a Itália é o país europeu com o maior número de mortes de transexuais. Os manifestantes aproveitaram a ocasião e pediram mais iniciativas para conscientizar o público sobre a questão da violência contra as mulheres.

Já um relatório do instituto de pesquisas sociais Eures divulgado na sexta-feira (22), 142 mulheres foram assassinadas em 2018. Segundo a pesquisa, o principal motivo das mortes foi por “ciúmes” dos seus companheiros. Entretanto, somente nos dez primeiros meses de 2019, o Eures já registrou 94 mortes de mulheres na Itália.

Assim como em Roma, a cidade de Paris, na França, também teve um protesto contra a violência e o feminicídio. Na ocasião, os manifestantes pressionaram as autoridades para tomarem medidas concretas.

Diário da Paraíba com IstoÉ.com

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