Estudantes de todo o mundo acreditam que a pandemia deixará marcas profundas na Educação, como mostra estudo da Pearson.
Uma pesquisa da empresa britânica de aprendizagem Pearson divulgada na última segunda-feira (10), que ouviu milhares de estudantes em diversos países, sugere que a pandemia do novo coronavírus deixará marcas permanentes na educação.
Para 90% dos entrevistados da segunda edição da “Global Learner Survey”, a aprendizagem online fará parte da realidade dos estudantes dos ensinos fundamental, médio e superior. Todavia, 67% dos respondentes globais e 75% dos brasileiros afirmam que as instituições educacionais são menos eficazes no uso da tecnologia que outros setores, como o de saúde e o bancário, e esperam que isso mude.
Também é crescente a percepção de que a educação está se tornando mais ‘self-service’, especialmente em países como Índia e Brasil. Prova disso é que por aqui, 90% também dizem que as pessoas precisarão assumir maior responsabilidade sobre o que aprendem para suas carreiras.
Entre os achados do estudo, pode-se destacar ainda que a pandemia mudou a percepção das pessoas sobre trabalho e habilidades – 76% dos brasileiros afirmam que a situação os levou a repensar suas trajetórias profissionais, e 59% temem que terão que mudar de carreira por causa dela. Globalmente, 89% dos respondentes dizem que as pessoas precisarão desenvolver mais habilidades digitais, como colaboração virtual, comunicação, análise de dados e gerenciamento remoto de equipes.
Além disso, os estudantes esperam que as universidades assumam um papel de liderança na solução dos problemas econômicos causados pela pandemia. Para 86% dos entrevistados globais e 88% dos brasileiros, as universidades precisam fazer mais no sentido de treinar e requalificar trabalhadores desempregados. Entre as soluções esperadas, estão o oferecimento de cursos mais curtos e alternativas de menor custo para quem está sem emprego.
Diário da Paraíba com R7