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Petrópolis tem mobilização de médicos, moradores, bombeiros e equipes de resgate após temporal deixar mortos e soterrados

A busca por sobreviventes segue intensa na madrugada desta quarta-feira (16) em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, que foi atingida por um forte temporal que deixou ao menos 24 mortos, segundo nota da Defesa Civil.

Equipes dos Bombeiros, Exército, Defesa Civil e moradores trabalham no Morro da Oficina, no Alto da Serra, onde o desabamento foi registrado em vídeo na tarde desta terça-feira (15). Equipes no local relatam a retirada de sete corpos. Imagens mostram uma das vítima sendo resgatada já sem vida (vídeo acima). Os corpos já estão sendo encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML), mas o órgão não informou a quantidade.

A procura por mais vítimas ocorre ao mesmo tempo em que as autoridades tentam entender a dimensão dos estragos.

Médicos relatam que há muitas vítimas de soterramento, de várias idades, chegando no pronto-socorro do Alto da Serra. Um comboio de ambulâncias e pelo menos três ônibus dos bombeiros subiram a BR-040 nesta madrugada para intensificar os trabalhos.

Ainda no Morro da Oficina, equipes avisaram à reportagem da Inter TV sobre os risco de mais deslizamentos.

“A água tá acomodando ainda. Vai descer mais alguma coisa. Vai descer”, disse um dos agentes que isolam a área no Morro da Oficina.

Ainda não há um balanço total do número de pessoas soterradas ou que morreram ao serem levadas pelas águas que inundaram, principalmente, a região do Centro Histórico de Petrópolis. Só quando a água baixou, foi possível ver os corpos espalhados por diversos pontos. Seis deles, encontrados pelo jornalismo da Inter TV.

O médico Dr. Aluízio Barbosa saiu do consultório particular e conseguiu, caminhando, chegar até o Pronto-Socorro do Alto da Serra para ajudar no atendimento aos feridos que estão sendo encaminhados à unidade.

“Muita gente chegando em óbito, cheia de terra, soterrada, de várias as idades. Eu acredito que, infelizmente, um número trágico pra nossa cidade. Uma verdadeira cena de guerra, uma verdadeira calamidade, uma catástrofe. 15 anos de formado e nunca esperava viver umas imagens dessas”, revela Dr. Aluízio.
A Prefeitura decretou estado de calamidade pública e informou que as equipes dos hospitais foram reforçadas para o atendimento de vítimas. Ainda não há número de feridos.

Em boletim emitido no por volta de 1h desta quarta, Defesa Civil informou que não há núcleos de chuva significativos atuando na cidade, e também não houve registro de chuva significativa nas últimas duas horas.

“O maior registro horário é de 125.8 mm/h às 17h15 no pluviômetro Alto da Serra (INEA). No São Sebastião, o acumulado pluviométrico em 6 horas chegou a 259.8mm às 21h10”, disse em nota.

G1

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