A denúncia partiu do próprio ministério. O nome do consórcio não foi divulgado. A investigação apontou ao menos dois suspeitos que, por meio de duas empresas, apresentaram credenciais falsas e afirmaram ter exclusividade para a comercialização do lote de vacinas.
Segundo a PF, com a proposta, o grupo esperava receber, na assinatura do contrato, 50% do valor do lote que seria entregue. O G1 aguarda um posicionamento do Ministério da Saúde sobre o caso.
Investigação
Ainda de acordo com a investigação, os dois suspeitos realizaram uma reunião com representantes do Ministério da Saúde, quando ofereceram, na ocasião, a pronta entrega de 10 milhões de vacinas, num valor aproximado de R$ 270 milhões.
Os servidores, então, desconfiaram da proposta e acionaram a Polícia Federal, que iniciou a investigação em fevereiro. No inquérito, a PF apurou que os suspeitos não estavam autorizados a falar em nome da farmacêutica.
De acordo com o diretor de Inteligência Policial da Polícia Federal, Alexandre Isbarrola, a informação, “até o momento”, é de que os suspeitos não fecharam nenhum contrato.
“Estamos hoje cumprindo as buscas para gente verificar qual a extensão desse golpe, a quem mais eles ofereceram. Na reunião [com o Ministério da Saúde], eles verbalizaram que já haviam oferecido a outros gestores públicos, então nós vamos verificar a quem eles ofereceram e qual a extensão disso.”
“A informação que nós temos até o momento é que eles ainda não haviam fechado nenhum contrato”, disse Isbarrola.
Os mandados foram cumpridos nas cidades de Paracatu, em Minas Gerais, e Vila Velha, no Espírito Santo, a mando da 10ª Vara Federal do Distrito Federal.
A operação, batizada de “Taipan” apura crimes de associação criminosa, estelionato contra entidade pública, além de falsificação de documentos e de produto destinado a fins medicinais.
G1