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Polícia conclui inquérito e indicia testemunhas por omissão de socorro em caso de estudante assassinado em Uiraúna por policial do Ceará

Testemunhas do crime que aparecem nas imagens são indiciadas por omissão de socorro e favorecimento pessoal (Foto: Reprodução)

A Polícia Civil concluiu, nesta quinta-feira (14), o inquérito do homicídio do estudante Ramon Pedro de Sousa, assassinado a tiros pelo policial militar do Ceará, Yuri Vieira Alves, no dia 03 deste mês, em Uiraúna. A informação foi confirmada pelo delegado Rafael Miranda Bianchi, que indiciou três mulheres que presenciaram o crime, por omissão de socorro e favorecimento pessoal.

O delegado informou que indiciou o policial militar pelo crime de homicídio doloso qualificado duas vezes, por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima. “Em relação às três mulheres que aparecem no vídeo, todas foram indiciadas pelo crime de omissão de socorro e favorecimento pessoal, que é quando a pessoa colabora para que alguém fuja da cena do crime, já que pelo próprio depoimento delas, depois do crime todos foram até a casa do suspeito, que fica a 50 metros, e lá ficaram até as 10h”.

O delegado Rafael Bianchi explicou que não cabe pedir a prisão das mulheres, que são esposa, cunhada e amiga do policial, já que as penalidades para o crime de omissão de socorro e favorecimento pessoal é de de um a seis meses de reclusão. “Agora precisa de fato aguardar a sentença. Mas, infelizmente, pela pena elas podem ser beneficiadas com serviços comunitários”.

O policial militar Yuri Vieira Alves, de 28 anos, foi encaminhado ao presídio de Cajazeiras após passar por audiência de custódia no dia 06 deste mês, três dias após o crime. No dia anterior, quando se entregou a polícia, o suspeito alegou legítima defesa por suspeitar que a vítima iria assaltar as mulheres que estavam com ele.

De acordo com informações obtidas, Yuri Vieira trabalhava no município de Orós, no Ceará, a cerca de 20km de Uiraúna, onde ele mora e local do crime. A corregedoria da Polícia Militar do Ceará abriu um inquérito para apurar o caso.

Diário da Paraíba com ClickPB

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