Policiais civis do Pará fizeram uma batida na noite dessa quinta-feira (29/08/2019) em uma fazenda que fica dentro de uma área de proteção ambiental (APA) em São Félix do Xingu, no sul do estado. Os agentes apreenderam dezenas de galões com gasolina que, segundo funcionários do local, era usada para colocar fogo na mata.
A polícia chegou à localidade para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão, mas o principal suspeito de comandar um grande esquema de desmatamento ilegal conseguiu fugir: Geraldo Daniel de Oliveira, um velho conhecido das autoridades paraenses.
Ele é suspeito de ter contratado 50 homens para derrubar 20 mil hectares na APA Trunfo do Xingu. De acordo com o despacho que decretou a prisão, expedido pela juíza Tainá Monteiro da Costa, da Comarca de São Félix do Xingu, consta que “há depoimento prestado por um fiscal ambiental da Secretaria de Meio Ambiente Estadual, o qual revelou que, quando efetuava suas atividades no local, foi ameaçado por indivíduos em motocicletas, em tese a comando do representado Geraldo Daniel de Oliveira”.
A magistrada fundamentou a decisão ainda em imagens de satélite que mostraram que 5,5 mil hectares já haviam sido desmatados recentemente na região.
O delegado responsável pela operação, Alberone Lobato, disse, em texto publicado no site da Polícia Civil do Pará, que, além dos galões, foram encontrados alimentos fornecidos pelo foragido aos trabalhadores da fazenda encarregados de provocar as queimadas. Segundo o delegado, os funcionários relataram ainda que os galões eram levados para o interior da mata.
Geraldo Oliveira segue foragido, mas um irmão dele, também dono da fazenda que fica dentro da área de proteção, José Brasil, foi localizado e preso em Goiânia (GO).
Metropoles
