“Estamos fazendo a saúde que sonhamos, sempre com o olhar de cuidar da cidade. Familiares que precisam deste diagnóstico estão podendo recebê-lo de forma rápida e eficiente para iniciar o acompanhamento adequado. Isso é motivo de satisfação e a constatação de que a gestão está atenta às demandas da população”, afirmou o prefeito Cícero Lucena.
O serviço inclui atendimento multiprofissional com psicólogo clínico, médico neurologista, enfermeiro e assistente social. O atendimento acontece todas as quintas-feiras, sempre com seis pacientes por semana, de forma a garantir a qualidade do exame. Os laudos serão entregues sempre na quinta-feira seguinte. Para ter acesso ao serviço, as famílias podem ligar para o Centro de Referência e realizar o agendamento pelos números 3235-9233 e 8956. Também são encaminhados pacientes por meio da regulação municipal. O atendimento acontece sempre das 7h às 17h.
A estimativa é que a demanda reprimida para laudos do tipo seja de três mil crianças, levando a esperas de até cinco anos para o início dos procedimentos. “Há um número importante de crianças com suspeita, mas que não conseguem o laudo. A primeira família a receber esse laudo hoje procurava pelo serviço há dois anos. A partir de hoje, a Prefeitura de João Pessoa tem um serviço específico para fazer esse diagnóstico e vamos acompanhar as crianças a longo prazo para garantir a mesma assistência que uma criança com plano de saúde teria”, afirmou o secretário municipal da Saúde, Luís Ferreira.
O pediatra de desenvolvimento Saulo Serrano é o responsável pelo atendimento. Ele explicou que o transtorno tem uma prevalência alta em todo o mundo. “Tendo em conta esta demanda montamos este núcleo de apoio e precisamos informar às famílias para que procurem cada vez mais cedo os centros de diagnóstico, pois quanto mais cedo se intervém, melhor será o prognóstico. Nesse caso é preciso ficar atento a atrasos na linguagem, dificuldade de interação e de realizar gestos simples como apontar e mandar beijos. Esses são sinais de alerta que podem ser observados para que se procure um serviço especializado”, explicou.
O pequeno Aquiles, de 3 anos, foi o primeiro a receber o diagnóstico no novo serviço. Sua mãe, a terapeuta Marina Barros, notou sinais como este e procurava a obtenção da confirmação há dois anos. “Aqui fomos recebidos muito bem, desde a marcação até a consulta. O atendimento foi ótimo, os profissionais muito bons e agora temos o laudo para trazer os cuidados que ele precisa”, afirmou.
Apesar de ter prevalência importante em todo o mundo, o serviço está sendo realizado no Centro de Referência Multidisciplinar em Doenças Raras. “Aqui atendemos doenças raras, mas nos juntamos para contribuir com o Centro Especializado de Reabilitação do Município e com a Funad para avançar nesta demanda que já passa de três mil pacientes em espera”, explicou a coordenadora do Centro, Sayonara Araújo.
Secom JP