O Ministério também anunciou nesta sexta-feira (15) que “o número e a frequência de ataques com mísseis a instalações em Kiev aumentará”, em resposta ao que Moscou chama de “sabotagem de forças ucranianas em território russo”.
O Ministério da Defesa russo afirmou ter atacado com mísseis de cruzeiro uma fábrica de mísseis que fica no complexo militar e industrial de Vizar, em Vyshneve, no subúrbio de Kiev. O ataque aconteceu durante a madrugada, quando moradores da capital afirmaram ter ouvido explosões.
O anúncio acontece um dia depois de um dos maiores e mais famosos navios russos, o Moskva, ter afundado. Kiev afirma ter atingido a embarcação com ataques a míssil. Moscou nega e alega que um acidente com munições próprias danificaram o navio.
Oficialmente, o governo russo alega que o anúncio da escalada de ataques em Kiev é uma represália a recentes ataques de forças ucranianas ao território russo. Nesta sexta-feira (15), a Ucrânia atacou mais de 20 prédios e uma escola em um vilarejo no sudeste da Rússia próximo à fronteira, segundo a agência de notícias russa Tass. Na quinta-feira (14), o governo da cidade russa de Belgorod, a 40 quilômetros da fronteira, afirmou que tropas ucranianas também fizeram ataques na região.
Kiev ainda não se posicionou sobre as acusações.
A ofensiva pode abrir uma nova fase na guerra, que já dura mais de 50 dias e havia se concentrado no leste do país e na cidade de Mariupol, no sul. Na cidade portuária, que a Rússia tenta tomar o controle, o Ministério da Defesa russo afirmou também que tomou completamente o controle de uma das principais siderúrgicas da cidade.
Navio atacado
De importante valor simbólico e conhecido como “assassino de porta-aviões”, o Moskva era o maior navio russo no Mar Negro, e tinha mísseis de longa distância capaz de atacar a costa e até aviões, além de radar de defesa de toda a frota.
G1