Ambos os parlamentares encaram seus mandatos como meros trampolins para a Prefeitura de João Pessoa e, com isso, transformam seus mandatos em meras justificativas para o embate político com o prefeito, Cícero Lucena.
Para Cartaxo, a Assembleia Legislativa é algo absolutamente transitório e, mais que isso, um incômodo emprego, que só foi comemorado na eleição pelo alívio de quase ser vergonhosamente derrotado após ver a cunhada perder nas urnas, sequer chegando ao segundo turno da capital. Já Ruy Carneiro usa o discurso moralista, apesar de usar os gabinetes de aliados para empregar pessoas de sua família, sem falar nos dentes da própria esposa, custeados pelo erário.
Um de direita, o outro de esquerda. Podem ser tratados como dois membros de um só corpo que se alimenta do pobre povo de João Pessoa. A cada eleição incorporam personagens diferentes. Luciano, que já foi petista raiz, deixou a legenda para salvar a própria pele durante o auge da Lava Jato. Pulou de partido em partido até voltar para o PT e agora finge que nunca saiu de perto de Lula. Já Ruy era cicerista, virou cassista, andou com Ricardo, passeou pela Desk, vivia no palanque de Cartaxo e quando foi preterido pelo ex-prefeito partiu de braços abertos para o bolsonarismo. Agora? Agora ninguém sabe exatamente o que é… Por essas e outras, dizem que se jogar a oposição para cima, tanto faz se cair na direita ou esquerda, é tudo a mesma coisa.
