Treze senadores que apoiam reforma da Previdência votam contra mudança no abono salarial

Treze senadores que apoiaram a reforma da Previdência, em primeiro turno, votaram contra a mudança proposta pelo governo Jair Bolsonaro (PSL) no pagamento do abono salarial. Outros dois parlamentares que se manifestaram a favor do texto-base faltaram à votação do destaque da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA): Telmário Mota (PTB-RR) e Marcos Rogério (DEM-RO).

No início da madrugada, o plenário aprovou um pedido da oposição para manter as regras atuais do abono salarial. Ao todo, 42 senadores votaram pela manutenção do texto da Câmara (era necessário o apoio de 49), e outros 30 se manifestaram contrariamente.

Com isso, o benefício continuará a ser pago para quem ganha até dois salários mínimos, o que reduzirá o impacto fiscal da reforma da Previdência em R$ 76,4 bilhões nos próximos dez anos, segundo cálculos da equipe econômica. O texto-base da reforma foi aprovado por 56 votos a 19 (folga de sete votos em relação aos 49 exigidos).

Votaram a favor da reforma e contra a mudança proposta pelo governo no abono salarial os senadores: Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Álvaro Dias (Podemos-PR), Dario Berger (MDB-SC), Eduardo Braga (MDB-AM), Eduardo Girão (Podemos-CE), Espiridião Amin (PP-SC), Flávio Arns (Rede-PR), Jorge Kajuru (Patriota-GO), Kátia Abreu (PDT-TO), Mara Gabrilli (PSDB-SP), Reguffe (Podemos-DF), Rodrigo Cunha (PSDB-AL) e Styvenson Valentim (Podemos-RN).

O senador Otto Alencar (PSD-BA) teve posição diferente: votou contra a reforma, mas a favor da mudança proposta pelo governo. Cid Gomes (PDT-CE), que também votou contra a reforma, faltou à segunda votação. Faltaram à sessão e não participaram de nenhuma das votações os senadores Marcos do Val (Cidadania-ES), que passou mal durante o dia e foi internado, Jader Barbalho (MDB-PA), Maria do Carmo (DEM-SE), Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) e Rose de Freitas (Podemos-ES).

Diário da Paraíba com Congresso em Foco