Cerca de 2,6 milhões de pessoas realizaram afazeres domésticos no próprio domicílio ou em domicílio de parente, no estado. Dessas, 1,4 milhões eram mulheres. A taxa paraibana de realização dessas atividades, ou seja, a proporção daquelas que realizaram este tipo de trabalho no total de pessoas com 14 anos ou mais de idade, foi de 81,4%. O indicador ficou um pouco acima da média do Nordeste (81,1%), mas abaixo da do Brasil (85,4%).
Além disso, a taxa estadual era bem mais forte junto ao grupo feminino (90,1%), do que ao masculino, que apresentou uma taxa de 72%, a 5ª menor do país para homens. Era mais acentuada entre as pessoas pardas (82,4%), seguidas pelas pretas (81,3%) e pelas brancas (79,5%). Em relação à faixa-etária, era mais intensa entre os que tinham de 25 a 49 anos (87%), seguidos pelos de 50 anos ou mais (78,6%), e era menor entre os de 14 a 24 anos (72,5%).
Ao analisar especificamente as mulheres, na Paraíba, a pesquisa indica que a taxa de realização de afazeres domésticos no próprio domicílio ou em domicílio de parente era maior no grupo das pardas (90,7%) e pretas (90,5%), sendo menor a taxa das brancas (88,9%). No grupo feminino, a taxa era mais forte entre aquelas que tinham o ensino médio completo e o superior incompleto (93,9%), enquanto, entre os homens, isso ocorria entre os que tinham o superior completo (80,4%).
Já ao investigar os tipos de afazeres domésticos, a PNAD Continua identificou que a única atividade em que a proporção de homens que a realizam foi maior que a de mulheres foi a de fazer pequenos reparos ou manutenção do domicílio, do automóvel de eletrodomésticos ou outros equipamentos. Nesse caso, o percentual era de 62,4%, enquanto entre as mulheres era de 32,7%.
Por outro lado, em atividades como preparar ou servir alimentos, arrumar a mesa ou lavar a louça; e cuidar da limpeza ou manutenção de roupas e sapatos, as proporções de mulheres que executaram essas tarefas, de 95,4% e 92,4%, respectivamente, equivalem a quase o dobro dos percentuais observados entre os homes, de 51,7% e 51,9%.
Em relação às tarefas de cuidados e moradores do domicílio ou parentes não moradores, o levantamento aponta que a taxa de realização paraibana, entre as pessoas de 14 anos ou mais de idade, foi de 32,8%, em 2022. O número ficou acima das médias brasileira (29,3%) e regional (30,1%) e, entre todas as unidades da federação, foi o 6º maior.
Esse indicador era bem mais alto entre as mulheres (39,8%) do que entre os homens (25,4%). Também era mais intenso entre as pessoas pardas (34,7%), do que entre as pretas (33,9%) e brancas (28,7%) e tinha maior expressividade no grupo daqueles de 25 a 49 anos de idade (43,8%), do que no de 14 a 24 anos e de 50 anos ou mais (17,9%).
Próprio consumo
Na Paraíba, a taxa de realização de produção para o próprio consumo, entre as pessoas de 14 anos ou mais, foi de 11%, superior às constatadas na média do Brasil (6,8%) e do Nordeste (9,6%). O indicador estadual era maior entre homens (13,5%) do que entre mulheres (8,6%).
Ao analisar o nível de instrução, o estudo aponta que a taxa paraibana era bem mais alta no grupo das pessoas que não tinham instrução ou contavam apenas com o ensino fundamental incompleto (21,5%). Além disso, era maior entre as pardas (11,8%), do que entre pretas (10,1%) e brancas (9,8%). De modo geral, a maioria das pessoas que realizou esse tipo de atividade afirmou que tinha como tipo de produção o cultivo, a pesca, a caça e criação de animais (84%).
Trabalho voluntário
Conforme a PNAD Contínua, cerca de 92 mil pessoas de 14 anos ou mais realizaram, em 2022, algum tipo de trabalho voluntário na Paraíba, com uma taxa de participação de 2,9%. Desse contingente, cerca de 61,4% eram mulheres, ao passo que os outros 38,6% eram homens.
Já a taxa de realização dessa atividade, no total das pessoas de 14 anos ou mais, era de 3,2% entre os que tinham 25 a 49 anos e de 2,6% junto aos de 14 a 24 anos e de 50 anos ou mais. Em relação ao nível de instrução, a pesquisa indica que, quanto mais alto, maior a taxa. Entre aqueles que tinham o superior completo era de 6,4%, entre os que tinham o médio completo e o superior incompleto era de 4,1%, no grupo dos que tinham o fundamental completo e médio incompleto era de 2,3% e no dos que eram sem instrução ou tinham o fundamental incompleto era de 1,4%.
Quanto à frequência dessa atividade, a maior parcela (45,6%) a realizava quatro ou mais vezes por mês. Aproximadamente 19,6% executavam duas ou três vezes por mês, 18% eventualmente ou sem frequência definida e 16,9% uma vez por mês.
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