Uma das pessoas presas na ação policial foi filha da idosa, identificada como Sabine Coll Boghici, suspeita de articular o golpe milionário contra a própria mãe.
De acordo com a investigação da polícia, Sabine mantinha um relacionamento com Rosa Stanesco Nicolauque, que se apresentava como vidente e é conhecida como Mãe Valéria de Oxossi.
Rosa Stanesco Nicolauque e junto com uma meia-irmã, uma prima, o padrasto e o filho são suspeitos de participar do golpe milionário. Entre itens roubos estão obras de arte de artistas renomados e jóias, além de transferências bancárias.
O Golpe
As investigações indicaram que o golpe articulado pela filha da vítima começou a ser aplicado em janeiro de 2020, no momento em que a idosa, viúva de um grande colecionador de arte e marchand, saía de uma agência bancária, em Copacabana, na zona sul do Rio.
De acordo com a Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol), a senhora foi abordada por uma mulher que se apresentou como vidente e dizia que sua filha estaria doente com expectativa de morte em breve.
Na época a mulher perguntou a idosa onde a filha morava e se possuía objetos de valor, o que acarretou a desconfiança da idosa, que não respondeu às indagações. A mulher então disse que seria melhor que ela procurasse outra pessoa, de confiança, para salvar a vida da filha.
Elas seguiram então para a casa de Rosa Stanesco Nicolau, conhecida como Mãe Valéria de Oxossi. Após jogar búzios e colocar cartas, a mulher novamente confirmou que a filha estaria com “espírito ruim” que a levaria a morte e pediu o pagamento pelo serviço.
Investigação
Conforme o Gilberto da Cruz Ribeiro, titular da Deapti, foi a própria idosa que procurou a delegacia, em janeiro. Na época a vítima estava “muito assustada com tudo que aconteceu” e “após tomar coragem, contratou um advogado” e denunciou a filha.
As investigações ainda apontaram que alguns dias depois do início do falso tratamento, a filha começou a isolar a própria mãe das pessoas de convívio rotineiro.
Quando, em fevereiro de 2020, a vítima desconfiou que a filha agia em comum acordo com as falsas videntes envolvidas na fraude, ela resolveu suspender os pagamentos a eles. A partir de então sua filha passou a agredi-la e a negar comida.
De acordo com as informações Rosa Stanesco Nicolau chegou a frequentar a residência da vítima para lhe ameaçar e lhe agredir a fim de que ela fizesse os pagamentos.
UOL