Polícia confirma que corpo encontrado em Sinop (MT) é de enfermeira desaparecida

A Polícia Civil confirmou que o corpo encontrado em um córrego, nesta sexta-feira (8), em Sinop, a 503 km de Cuiabá, é da enfermeira Zuilda Correia Rodrigues, de 43 anos, que estava desaparecida há mais de 10 dias. Um policial militar afastado do cargo foi preso suspeito de participação no crime.

Ainda segundo a polícia, o PM Marcos Vinicius Pereira Ricardi, de 26 anos, teria confessado o crime.

Ele também seria o responsável por ocultar o corpo da vítima. O militar trabalhava no estabelecimento comercial da família.

De acordo com o delegado Carlos Eduardo Muniz, o crime teria sido motivado por constantes discussões entre a vítima e o marido, Ronaldo da Rosa, que está foragido. O suspeito teria dito que a intenção era dar um susto na enfermeira, entretanto, a situação saiu de controle.

O policial informou que o corpo teria sido escondido em uma tubulação de bueiro localizada nas proximidades de um centro de eventos. Entretanto, foi encontrado a cerca de 1,5 quilômetros do local apontado pelo suspeito.

O corpo estava em avançado estado de decomposição, sem um dos braços e sem a cabeça. No entanto, a família reconheceu as roupas da vítima.

O delegado representou pela prisão preventiva de Marcos Vinícius e de Ronaldo e pelos crimes de feminicídio e ocultação de cadáver.

O marido de Zuilda foi quem registrou um boletim de ocorrência, no dia 28, relatando o desaparecimento da mulher na noite anterior. À polícia, ele disse que encontrou a caminhonete dela com manchas que poderiam ser de sangue, além de fios de cabelo, indicando sinais de violência.

Na denúncia feita à polícia, o marido informou que convivia com Zuilda há cerca de 10 anos. Ele afirmou que passou no hospital onde ela trabalha para buscá-la após o término do plantão.

Como ele está trabalhando com a venda de espetinhos, na região central da cidade, a deixou em casa por volta de 19h e voltou ao trabalho. Mais tarde, como a mulher não apareceu no espetinho, ele retornou na residência para verificar o que havia ocorrido.

Ronaldo constatou que a mulher e o veículo da família não estavam no local. Com isso, ele relata no boletim de ocorrência que imaginou que ela poderia estar na igreja e retornou para o trabalho.

Horas depois ele encontrou a caminhonete estacionada em frente da casa e trancada.

Ele disse ter entrado na casa, percebido que no quarto faltavam algumas roupas da mulher e dinheiro. E, então, afirmou ter pego a chave reserva, foi até o veículo e constatou sinais de manchas com sangue e fios de cabelo.

O marido disse ainda que estacionou a caminhonete no quintal e que o filho de Zuilda tentou achar o telefone dela e a localização apontou a própria casa da família, mas o aparelho não foi encontrado.

G1