Homem é condenado a 42 anos de prisão por feminicídio em São Bento, na Paraíba

júri popular do homem acusado de tirar a vida de sua ex-companheira, Rayane Santos Ramalho, em junho de 2021, alcançou um desfecho na noite desta quarta-feira (27). O crime, que abalou a cidade de São Bento, na Paraíba, ocorreu quando Rayane tinha apenas 16 anos e era mãe de um bebê com apenas 6 meses, fruto de seu relacionamento com o acusado.

A decisão foi unânime, com sete votos a zero a favor da condenação do réu, André Araújo da Silva, que receberá a pena de 42 anos de prisão em regime fechado. A execução da pena acontecerá na cadeia pública de Catolé do Rocha.

André Araújo da Silva foi capturado em novembro de 2021, na cidade de Janiru, interior de São Paulo. As autoridades policiais afirmam que o ex-namorado de Rayane cometeu o crime na presença de várias testemunhas e demonstrava não aceitar o término do relacionamento.

Segundo informações da polícia, o casal havia encerrado o relacionamento pelo menos dois meses antes do feminicídio, e desde então, a vítima vinha sofrendo ameaças, conforme relatos de testemunhas.

No dia do crime, Rayane teria saído de sua residência, onde morava com os pais, rumo ao Centro da cidade em sua motocicleta, quando supostamente encontrou o suspeito. Ao avistá-lo, a vítima teria retornado para casa. O acusado, então, teria seguido a jovem, invadido a residência e disparado diversas vezes contra ela.

A Polícia Civil conduziu os depoimentos, realizou exames periciais e solicitou a prisão preventiva do suspeito. Entretanto, o acusado fugiu para o estado de São Paulo, embora já estivesse com a prisão preventiva decretada pela Comarca de São Bento.

O mandado de prisão emitido pela Polícia Civil da Paraíba contra o investigado pelo homicídio foi efetivado pelas autoridades policiais de São Paulo. A justiça paulista deverá determinar a data para a transferência do detento de volta ao estado da Paraíba, onde cumprirá sua pena.

Denuncie

Se você sofre ou presenciou algum tipo de violência contra as mulheres, denuncie. Em caso de emergência, a mulher ou alguém que presencie alguma agressão, pode pedir ajuda por meio do telefone 190, da Polícia Militar.

Na Paraíba, as denúncias podem ser feitas também em qualquer uma das Delegacias da Mulher (Deam) espalhadas em todas as regiões, além do plantão 24 horas na Deam Sul de João Pessoa, que funciona na Central de Polícia.

Além desses locais, o denunciante poderá utilizar os telefones 197 (Polícia Civil), 190 (Polícia Militar, para chamado de urgência) ou o 180 (número nacional de denúncia contra violência doméstica). Outra opção é fazer um registro da denúncia através da delegacia online no endereço: www.delegaciaonline.pb.gov.br

Denúncias de violência contra mulheres também podem ser feitas pelo WhatsApp. Para isso, basta enviar uma mensagem para o número (61) 9610-0180 pelo aplicativo ou pelo link https://wa.me/556196100180?text=oi.

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