Afinal, quem é a Adeilda apontada na agenda de Márcia Lucena na denúncia do GAECO?
O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba (MPPB) relatou na denúncia que protocolou na quinta-feira (23) contra o ex-governador Ricardo Coutinho, a prefeita de Conde Márcia Lucena, o ex-chefe da Cruz Vermelha Daniel Gomes e mais três, que havia uma pessoa que seria “a pessoa de Daniel” no município do Litoral Sul.
De acordo com o Gaeco, em uma agenda de Márcia Lucena, apreendida durante a fase Juízo Final, há a anotação “pessoal de Daniel”, ao lado do contato e do nome de uma mulher identificada como Adeilda.
“Outra situação é o registro na agenda em 30.08.2017: 93728669 Adeilda – pessoa de Daniel. […] O número de telefone está em nome de ADEILDA DE SOUZA DA SILVA PEREIRA, a qual, de acordo com base da Receita Federal, tem endereço registrado no município do Conde-PB (Rua Projetada, s/n) e consta como responsável pela empresa de nome fantasia RARIDADE. A empresa tem como telefone registrado o mesmo registrado para ADEILDA SOUZA. Demais disso consta das bases de dados governamentais que a mesma foi servidora do Conde-PB de 2016 a 2018”, diz trecho da denúncia.
Há a exposição pública, por parte do Gaeco do Ministério Público, do nome completo, dados pessoais, dados empresariais e endereços de Adeilda.
Também há a sugestão, diante do texto apresentado, que Adeilda seria uma “advogada” citada em reunião entre ele e a ex-secretária Cláudia Veras para ficar atenta aos movimentos na cidade do Litoral Sul.
“Outra situação é o registro na agenda em 30.08.2017: “93728669 Adeilda – pessoa de Daniel”. Conforme áudios disponibilizados pelo colaborador DANIEL GOMES DA SILVA, ele teria se reunido com MÁRCIA DE FIGUEIREDO LUCENA LIRA em 29.08.2017 e, no dia seguinte, em conversa com a investigada CLÁUDIA LUCIANA DE SOUSA MASCENA VERAS, informou ter designado uma “advogada” sua para ficar em cima, possivelmente, das tratativas da Organização Social com a Prefeitura do Conde-PB”, diz outro trecho da denúncia.
Conforme consulta no Conselho Nacional dos Advogados, não há registro de Adeilda em nenhuma Ordem dos Advogados do Brasil em nenhuma seccional do país.
Adeilda de Souza é na verdade uma pedagoga da cidade de Conde, que ocupou o cargo de diretora de uma instituição de ensino, entre 2016 e 2018, por indicação do vereador Daniel Junior.
O Daniel citado na anotação de Márcia, é na verdade o parlamentar condense, que indicou uma pessoa qualificada para um cargo de confiança.
Adeilda também é empresária na cidade, onde possui uma loja de roupas, que foi exposta com seus dados e identificações pelo Gaeco, bem como também é proprietária de uma lanchonete na região.
Confira a integra da denúncia: