Andrea Bocelli critica governo italiano por regras de lockdown contra o coronavírus

Andrea Bocelli foi alvo de críticas após algumas declarações sobre a pandemia do coronavírus e a forma com o governo italiano agiu para controlar a crise no país.

De acordo com a BBC, o tenor, que afirmou ter contraído a Covid-19 em março, participou de um debate com politicos da extrema-direita sobre a crise sanitária, nesta segunda-feira (27), em Roma, e condenou o lockdown imposto na Itália, dizendo ter se sentido “humilhado e ofendido” com a imposição da quarentena. “Eu não podia sair de casa, mesmo não tendo cometido nenhum crime”, disse ele.

Bocelli também afirmou que acredita que houve um exagero com relação à gravidade da pandemia e declarou ter desobedecido o lockdown. “Não acho que era certo ou saudável permanecer em casa na minha idade. Eu preciso de sol e vitamina D”, falou o músico.

“Durante o lockdown, tentei me identificar com quem tinha de tomar decisões difíceis. Mas as coisas não andaram bem. Conforme o tempo foi passando, não conheci ninguém que tivesse ido para a UTI [por coronavirus], então por que essa gravidade?”, continuou.

Os comentários do tenor italiano causaram surpresa entre o público, já que o mesmo se tornou uma espécie de símbolo de união e esperança durante este período de pandemia, após ter se apresentado na Catedral de Milão vazia, no domingo de Páscoa, com transmissão televisionada em vários locais do mundo.

Ainda segundo a BBC, Bocelli afirmou que seus comentários foram “incompreendidos e tirados de contexto”, e acrescentou que sua fundação ajudou muitas pessoas que se contaminaram com o vírus. O astro chegou a doar plasma do sangue para pesquisa sobre a cura da doença.

O lockdown na Itália começou em março e teve duração de 3 meses, sendo reduzido por etapas. O país se tornou o epicentro da pandemia por um tempo, contabilizando mais de 246 mil casos e mais de 35 mil mortes.

 

Diário da Paraíba com R7