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Antônio Neto Ais, que já foi ao Senado como ‘especialista em Blockchain’, deve retornar ao Congresso após calote da Braiscompany


Desde o anúncio da criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar esquemas de pirâmides financeiras são grandes as expectativas para o Senado Federal convoque o paraibano Antônio Neto, da Braiscompany, para dar explicações sobre o rombo bilionário que a empresa tem sido acusada por diversos clientes e alvo de uma ação da Polícia Federal (PF). Conforme apurou-se, caso ocorra a convocação, esta não seria a primeira participação de Antônio Neto no Senado.

Em dezembro de 2021,  Ais, hoje considerado um foragido devido a crimes contra sistema financeiro, participou de audiência pública da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) sobre projetos de leis relativos a criptomoedas. Na época, ele foi apresentado como empresário e ‘especialista em blockchain’ e chegou a discursar sobre o tema por mais de cinco minutos .

Antônio Neto Ais, dono da Braiscompany, em audiência no dia 9 de dezembro de 2021, no Senado Federal | Foto: Reprodução/Youtube/TV Senado.

Entre os pontos apresentados ao longo do discurso, esteve a regulamentação de tal mercado com medidas, segundo Ais, de modernização. “Este mercado esta acontecendo, está movimentando muito valor e tem como ser acompanhado na sua compra e na sua liquidez” disse em trecho do discurso. Na época ele se colocou “a total disposição” para “traçar a regulamentação do mercado”.

Mais de 90 dias foragido

Antônio Neto está sendo procurado pela Polícia Federal há mais de 90 dias. Contra ele e sua esposa, Fabrícia Ais, a principal acusação é de um rombo de R$ 2 bilhões, por meio de um suposto esquema de pirâmide financeira levantado com a empresa BraisCompany. O Ministério Público da Paraíba contabilizou até o momento mais de 3 mil processos envolvendo a dupla AIS.

Clientes alegam, em sua maioria, terem investido altos valores e não ter dito qualquer parcela dos retornos financeiros prometidos pela empresa. Segundo apurou a reportagem, investigações dos órgãos responsáveis apontam que grande parte dos investimentos dos clientes iriam para as contas próprias de Antônio Neto e Fabrícia e não para a da empresa.

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Diário da Paraíba com ClickPB