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Aprovação do piso nacional vira pesadelo para os profissionais de Enfermagem em João Pessoa

A aprovação do piso salarial que garante a remuneração mínima fixada em R$ 4.750. virou um pesadelo para os profissionais de Enfermagem de João Pessoa, especialmente, para os que trabalham na área de saúde privada.

Inúmeras denúncias surgiram de que está havendo demissões em massa, assédio moral e aumento de plantões por conta dessa conquista da categoria.

O Ministério Público do Trabalho na Paraíba (MPT-PB) já foi acionado e vai investigar as denúncias recebidas pela presidente do Conselho Regional de Enfermagem da Paraíba, Rayra Bezerra.

“A conquista do piso é um momento de felicidade e de alegria, mas infelizmente fomos surpreendidos negativamente aqui em João Pessoa com algumas demissões e tentativas de burlar o sistema para demitir profissionais de enfermagem, ou contratar de forma irregular para que o piso não seja pago. O piso é uma Justiça”, avaliou.

Para o MPT, o problema é grave e causa grande prejuízo aos profissionais da Enfermagem e à população que precisa dos serviços em unidades de saúde da Paraíba.

Conforme a procuradora-chefe do MPT-PB, Andressa Ribeiro Coutinho, já foi instaurado um inquérito civil para apurar as denúncias acerca das irregularidades praticadas já em virtude da aplicação do piso salarial da Enfermagem.

“Todas as denúncias referentes a assédio moral, perseguições, retaliações e demissões em massa serão apuradas pelo Ministério Público do Trabalho e, em sendo constatada a veracidade, serão aplicadas as penalidades cabíveis ao caso”, afirmou a procuradora-chefe.

Ela destacou ainda que Ministério Público do Trabalho se preocupa muito com essa situação de que quando há uma conquista de determinada categoria, principalmente no que diz respeito à questão salarial, haver por outro lado a retaliação dos empregadores.

“Muitas vezes, os empregadores veem isso como um aumento de custo e temem pela quantidade de profissionais que estão contratados. Por isso, realizam a demissão em massa. Para os profissionais que permanecem nas funções, há o aumento da jornada e, com isso, a precarização do trabalho. Infelizmente, isso é um retrocesso social. Ainda temos no Brasil muito enraizada essa cultura”, acrescentou.

A procuradora-chefe ressaltou ainda que o Ministério Público do Trabalho quer promover sempre a contratação quantitativa e qualitativa desses profissionais, resguardados todos os direitos que lhe são previstos em Constituição.

Paraiba Online