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Candidato morto por facção no Equador denunciou casos de corrupção envolvendo membro do Foro de SP

O Equador foi abalado pela trágica morte de Fernando Villavicencio, uma figura proeminente na política e no jornalismo investigativo do país. Aos 59 anos, Villavicencio, político, jornalista investigativo e candidato à Presidência do Equador pelo partido conservador Movimento Construye (MC25), foi vítima de um ataque a tiros nesta quarta-feira (9). Sua morte deixa uma lacuna significativa na luta contra a corrupção e a defesa dos direitos indígenas e dos trabalhadores no país.

A carreira de Villavicencio foi marcada por sua destemida atuação como jornalista investigativo, tendo enfrentado figuras poderosas ao denunciar casos de corrupção e crimes contra a humanidade. Uma das acusações notáveis foi direcionada ao ex-presidente Rafael Correa, membro do Foro de São Paulo, o que resultou em sua condenação a 18 anos de prisão por injúria em 2014.

Essa condenação o levou a um exílio temporário no Peru. Além de seu trabalho no jornalismo, Villavicencio também se envolveu ativamente na política, integrando a Comissão de Fiscalização da Assembleia entre 2021 e 2023. Durante esse período, ele apresentou 24 relatórios que denunciavam falhas estruturais em uma grande hidrelétrica no país. Sua postura política era de centro-direita, com ênfase na defesa das causas indígenas e trabalhistas.

Villavicencio era conhecido por sua postura de oposição ao atual presidente do Equador, Guillermo Lasso. Sua candidatura à Presidência tinha como objetivo promover reformas e combater a corrupção, questões que ele havia perseguido durante toda a sua carreira. Sua longa trajetória como jornalista começou quando ele fundou o portal Periodismo de Investigación, onde realizou inúmeras denúncias e investigações.

Sua atuação incluiu a denúncia de um suposto esquema de corrupção na venda de petróleo à China por valores abaixo do mercado durante o governo de Rafael Correa. Abaixo foto mostrando que Correa ainda mantém relações com lideranças da extrema-esquerda, como João Pedro Stédile, líder MST, que integra o foto de SP.

Fernando Villavicencio também teve uma atuação política durante o governo de Correa, atuando como assessor de Cléver Jiménez, então deputado do Pachakutik. Juntos, apresentaram denúncias contra Correa, sendo condenados a 18 meses de prisão em 2014. Eles buscaram refúgio em uma comunidade indígena na Amazônia até que a pena prescrevesse.