Caso Anielle: Testemunha de acusado é presa por injúria antes de julgamento
Uma mulher listada como uma das testemunhas do julgamento de José Alex da Silva, suspeito de matar Anielle Teixeira, foi presa na manhã desta segunda-feira (14). Detida pouco antes da audiência, ela foi encaminhada à Central de Polícia Civil, em João Pessoa.
Conforme a polícia, a testemunha de José Alex tinha um mandado de prisão expedido pelo crime de injúria, com condenação de 1 ano e 6 meses.
O julgamento agendado para esta segunda-feira foi adiado a pedido da defesa de José Alex, que alegou problemas de saúde.
O acusado de matar a menina Anielle Teixeira, 11 anos, vai a júri popular a partir de decisão judicial
O crime
Anielle Teixeira foi vista viva pela última vez na madrugada do dia 5 de setembro de 2021. Ela, a mãe e a irmã mais nova estavam dormindo em um dos quiosques da orla do Cabo Branco. A mulher alegou que tinha conhecidos no local e resolveu passar a noite no estabelecimento.
De acordo com a polícia, uma câmera de monitoramento registrou o momento em que a menina conversou com o suspeito do crime e deixou o local.
O corpo da menina de 11 anos foi encontrado no dia 8 de setembro, três dias após o desaparecimento dela na orla de Cabo Branco, em João Pessoa.
O suspeito do crime, José Alex da Silva, foi detido após uma operação integrada entre as polícias e instituições de segurança da Paraíba e estados vizinhos, como Pernambuco e Rio Grande do Norte.
A defesa informou que deve recorrer da decisão e o argumento é de que o acusado, que chegou a confessar o crime, teria sido agredido para fazê-lo.
Para o Instituto de Polícia Científica (IPC), o cadáver foi encontrado pelos menos 48 horas depois do crime. A decomposição do corpo prejudicou a realização dos exames, que foram realizados com larvas retiradas de dentro da menina.