Caso Padre Zé: Defesa nega envolvimento de ex-funcionárias em desvios
O advogado Diego Wallace Nascimento, que faz a defesa de Jannyne Dantas e Amanda Duarte, presas nessa sexta-feira (17), nega que as ex-funcionárias do Hospital Padre Zé tenham envolvimento no desvios financeiros revelados pela Operação Indignus 2. Em nota divulgada neste sábado (18), o advogado alega não haver provas de enriquecimento de Jannyne e Amanda e diz que a inocência das duas será provada ao longo do processo.
“A defesa das investigadas Jannyne Dantas Miranda e Silva e Amanda Duarte da Silva Dantas, vem por meio desta nota reiterar, de modo veemente, que apesar da vastidão de documentos colecionados na operação Indignus, nenhum elemento probatório dá conta de que as mesmas de algum modo tenham locupletado-se pessoalmente ou por meio de terceiros, de verbas oriundas do Hospital Padre Zé, sendo certo que, tais afirmações podem ser percebidas desde já, mas contudo, serão devida e cabalmente comprovadas no curso processual”
O padre Egídio de Carvalho Neto, ex-diretor do hospital, também foi preso. Ele é apontado como líder de um esquema criminoso que teria desviado R$ 140 milhões do Hospital Padre Zé e da Ação Social Arquidiocesana (ASA).
Segundo o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público da Paraíba (Gaeco/MPPB), os desvios ocorreram entre 2013 e setembro deste ano.
O desembargador Ricardo Vital de Almeida expediu mandado de prisão contra Egídio, Jannyne e Amanda devido à “possibilidade de ocorrerem novas fraudes”.
Conforme o MPPB, os três investigados tentaram apagar rastros de atos ilícitos. Jannyne Dantas e Amanda Duarte teriam alterado senhas de e-mails institucionais, enquanto o padre Egídio de Carvalho teria apagado arquivos, incluindo conversas no WhatsApp.