Chile continua com toque de recolher; ONU envia missão ao país
O número de mortos nas manifestações chilenas chega a 18, em meio a crescentes denúncias de abuso policial e militar. As Forças Armadas do Chile, encarregadas da segurança das ruas de Santiago, decretaram nessa quinta-feira (24) o sexto toque de recolher consecutivo para a capital, em meio a violentos protestos e saques em várias partes do país.
“O chefe da Defesa Nacional da região metropolitana decretou um toque de recolher das 22h de 24 de outubro às 4h de 25 de outubro”, informou o Exército em sua conta no Twitter. A fonte afirmou ainda que assim será mantido o cronograma que a medida tinha na quarta-feira (23).
O Chile enfrentou um novo dia de manifestações nessa quinta-feira, depois dos dias de tumultos sociais que totalizam 18 mortes e que não parecem ceder. Mais cedo, o presidente Sebastián Piñera falou de um plano para acabar com os toques de recolher aplicados por cinco dias consecutivos em várias regiões do país desde que uma crise social teve início na semana passada.
“Estamos trabalhando em um plano para normalizar a vida de nosso país… para poder terminar com o toque de recolher e, com sorte, também poderemos suspender o estado de emergência”, disse o presidente em uma mensagem à imprensa.
Piñera decretou estado de emergência no sábado (19), após um violento dia de protestos na sexta-feira (18) pelo aumento do preço do metrô, mas que depois se estendeu a outras demandas sociais, com saques em supermercados e empresas e queima de várias estações de metrô.
Missão ao Chile
A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos enviou nessa quinta-feira uma missão de investigação ao Chile para verificar queixas sobre violações dos direitos humanos no país.
Michelle Bachelet, que foi presidente do Chile duas vezes, acrescentou no Twitter que “parlamentares e o governo (chilenos) expressaram seu desejo de (receber) uma missão de direitos humanos da ONU”.
Diário da Paraíba com Carta Capital – Foto: Martin Bernetti
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