Cícero Lucena deve ‘herdar’ gestão caótica na saúde a partir de janeiro, em João Pessoa
Um verdadeiro caos deve ser encontrado pelo prefeito eleito de João Pessoa, Cícero Lucena, do Progressistas, na área de saúde, em João Pessoa. A cidade, que deve receber até o final deste ano quase R$ 1 bilhão em recursos do Ministério da Saúde via transferência fundo a fundo, está com uma série de problemas em praticamente todas as áreas e níveis de atenção.
Nos dois hospitais considerados referência para o tratamento da Covid-19, o Hospital Santa Isabel e o Prontovida, a situação é delicada, com ausência total de gestão por parte de quem está à frente das duas unidades hospitalares, isso sem contar com a falta de insumos e equipamentos de proteção individual, os chamados EPI’s. Os relato dos profissionais que atuam nas duas unidades e que procuraram a redação do Tá na Área, a fim de apresentarem suas queixas, é de cair o queixo diante de tantos problemas.
O Trauminha, em Mangabeira, é outro desafio que a gestão de Cícero Lucena deve ter pela frente. A unidade, que chegou a ser interditada pelo Conselho Regional de Medicina e demais órgãos de fiscalização em diferentes momentos da gestão Luciano Cartaxo, do PV, tem ainda inúmeros problemas, a começar por uma fila quilométrica de cirurgias eletivas (que não são de emergência, mas que precisam ser feitas) que encontram-se suspensas e aguardando tão somente o próximo prefeito assumir, em virtude da falta de insumos e materiais médicos e hospitalares.
Na chamada atenção básica ou primária de saúde, o caos é gigantesco, com Unidades de Saúde da Família sem médicos e com equipes desfalcadas por profissionais vitais ao dia a dia desses equipamentos. Os relatos de profissionais e usuários é de falta de medicamentos básicos e ausência total na marcação de exames e consultas especializadas.
Por falar em tratamento especializado, a atenção odontológica é outro ‘gargalo’ que a gestão de Adalberto Fulgêncio deve deixar pior que recebeu, em janeiro de 2013.
E para completar o cenário desolador que a futura gestão encontrará, o município não deixará qualquer planejamento para uma eventual campanha de vacinação da Covid-19, o que demonstra a total falta de planejamento de uma gestão que até pôde ter entregue Unidades de Pronto Atendimento e melhorado a estrutura física de serviços de atenção básica e de média complexidade, mas que deve deixar um legado de como não fazer e gerir uma área tão essencial como saúde.