Condenada por arquitetar morte do irmão, deixa a prisão usando tornozeleira
Maria Celeste de Medeiros Nascimento, que foi condenada por planejar a morte de seu irmão em uma padaria da família em João Pessoa, foi libertada da prisão nesta segunda-feira (28). A Vara de Execuções Penais determinou que sua pena de 29 anos fosse reduzida para o regime semiaberto. O crime aconteceu em 2016, quando Marcos Antônio do Nascimento Filho foi assassinado durante um assalto forjado ao estabelecimento comercial.
Celeste ficou presa desde o ano do crime e foi condenada por homicídio, roubo e falsificação de documentos. Sua sentença foi resultado de um julgamento popular em 2018, no qual ela confessou o crime. Depois de cumprir sete anos de prisão, ela conseguiu a progressão de regime devido à remição de pena. Ao trabalhar no Presídio Júlia Maranhão, onde estava detida, ela conseguiu reduzir 707 dias de sua pena. A mudança de regime requer o cumprimento de pelo menos um terço da pena.
De acordo com a Lei de Execuções Penais, para cada três dias de trabalho ou estudo, um dia da pena pode ser remido. A jornada de remição de Celeste começou em 2020, e a última decisão de remição foi emitida em julho deste ano. A determinação para a progressão de regime foi emitida pela juíza Andrea Arcorverde na última sexta-feira (25).
A Secretaria de Administração Penitenciária da Paraíba (Seap-PB) informou que Celeste será monitorada com uma tornozeleira eletrônica.
O Crime O incidente aconteceu em junho de 2016, quando, segundo as acusações, Celeste planejou a morte de seu irmão e simulou um assalto na padaria da família. A investigação da Polícia Civil na época revelou que ela contratou indivíduos para assassinar o irmão, após ele descobrir seu envolvimento em desvio do patrimônio da família, que era proveniente de herança.
Dois homens armados entraram na padaria, renderam clientes e funcionários, roubaram o dinheiro do caixa e a motocicleta da vítima, que foi baleada e fugiram. Marcos Antônio foi socorrido e levado ao Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu.
Maria Celeste assumiu o crime durante seu depoimento no julgamento popular, alegando que a motivação foi uma discussão relacionada à venda de uma casa. Os irmãos já haviam brigado por questões financeiras relacionadas aos bens da família e da vítima.