Defesa do padre Egídio recorre à Justiça para pedir acompanhamento psiquiátrico ao religioso na cadeia

Padre Egídio está preso em João Pessoa desde a última sexta-feira (Foto: Reprodução/Redes sociais)

A defesa do padre Egídio de Carvalho, ex-diretor presidente do Hospital Padre Zé, entrou com um novo pedido que poderá ajudar a restaurar a sua liberdade. De acordo com apuração feita, a nova tentativa pede acompanhamento psiquiátrico de forma remota para o religioso, que está atualmente preso.

Os advogados juntaram ao processo do padre Egídio o pedido para que psicólogos e psiquiatras sejam nomeados como assistentes técnicos e que estes possam atender o religioso de forma remota. A justificativa da defesa para o pedido é de que o padre Egídio está em tratamento psiquiátrico e faz uso de medicamentos prescritos, necessitando de acompanhamento médico.

Ainda de acordo com a defesa, o quadro de profissionais indicados poderá avaliar a saúde mental do padre Egídio. Os profissionais podem, inclusive, avaliar o estado de saúde do padre Egídio diante do encarceramento.

O pedido foi protocolado nesta terça-feira (21) na 4ª Vara Criminal de João Pessoa, que é o órgão julgador de origem do processo. A nova ação foi impetrada pela banca de advogados de Recife encabeçada por José Rawlinson Ferraz, do escritório RFerraz Advogados Associados.

Também nesta terça-feira (21), o advogado Sheyner Asfora anunciou que deixou a defesa do padre Egídio. Ele declarou, através de nota, que sua saída do caso aconteceu por “incompatibilidade de estilo com relação a atuação adotada pelos colegas advogados que continuarão no patrocínio dos interesses do até então constituinte”.

Padre Egídio está preso em João Pessoa desde a última sexta-feira (17) após determinação do desembargador Ricardo Vital, do Tribunal de Justiça da Paraíba que atendeu recurso do Ministério Público no âmbito da Operação Indignus. Ele está recolhido em cela do Presídio Especial do Valentina Figueiredo, em João Pessoa. Além do padre, também foram detidas Amanda Duarte e Jannyne Dantas, que ocupavam altos cargos na diretoria do Hospital Padre Zé e são apontadas como auxiliares das práticas irregulares investigadas.

O padre Egídio é investigado por acusação de desvios de recursos públicos e doações que deveriam ter sido destinadas ao Hospital Padre Zé.