Em Israel, aliado de Bolsonaro renuncia após fracassos em eleições legislativas

Após mais de 10 anos como primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu renunciou ao posto, nesta segunda-feira (21), após duas tentativas fracassadas de formar um novo governo. Mesmo perdendo as eleições de setembro, Netanyahu foi escolhido pelo presidente Reuven Rivlin para tentar garantir o posto, mas falhou.

Com a queda do premiê, o líder opositor general Benny Gantz fica à cargo da tarefa de conseguir maioria no Parlamento para se sustentar no comando. Ele tem 28 dias para a missão. Caso não consiga, um terceiro nome pode ser encargado da tarefa, ou novas eleições podem ser convocadas.

O anúncio de Netanyahu foi feito pelas redes sociais. “Desde que recebi o mandato eu trabalhei incansavelmente para estabelecer um governo de ampla unidade nacional. Isso é o que as pessoas querem”, disse. Ele ainda criticou o opositor, dizendo que tentou “trazer Gantz à mesa de negociações […] e evitar uma nova eleição”, mas estes falharam porque Gantz “se negou”.

Criticado, Gantz usou as redes para comemorar. “É hora de azul e branco”, publicou, em referência às cores da sua coligação nas eleições de setembro.

Aliado de Bolsonaro

O premiê israelense era um dos principais aliados de Jair Bolsonaro (PSL) internacionalmente. O brasileiro chegou a prometer transferir a Embaixada do Brasil em Israel para a cidade de Jerusalém como forma de agradar ao “aliado” hoje derrotado.

Em abril, Bolsonaro parabenizou Netanyahu por uma suposta “grande vitória” nas eleições parlamentares. Apesar de ser o maior partido do Parlamento, o Likud, do premiê, não foi capaz de sustentar um novo governo e um novo pleito foi convocado. Na nova eleição, de setembro, os aliados de Gantz superaram o Likud.

Diário da Paraíba com Revista Forum

Foto: Leo Correa

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