Em meio ao caos político, CBF tenta driblar restrições por convocação da seleção olímpica

Branco e Ramon Menezes foram campeões sul-americanos sub-20 no início do ano (Foto: Rafael Ribeiro / CBF)

O futuro político tem centralizado as pautas envolvendo a CBF, mas, no meio do turbilhão que envolve decisões na Justiça e uma eleição ainda sem data, há também futebol e uma pendência importante: a seleção olímpica.

A praticamente um mês do início do Pré-Olímpico, a expectativa é de que a convocação seja realizada por Ramon Menezes entre quarta e sexta-feira e as últimas semanas foram para espremer uma lista que sofre com a dificuldade para liberação de atletas. Com as Copas Africana e Asiática em paralelo, a CBF tem tido dificuldade nas tratativas com clubes europeus e a tendência é que a lista de jogadores para a competição na Venezuela seja predominantemente com quem atua no Brasil.

Por conta da obrigatoriedade de liberação de jogadores africanos e asiáticos com as principais ligas em atividade normal, os países sul-americanos têm recebido recusas nas consultas por seus jovens que atuam na Europa. O Pré-Olímpico, assim como a Olimpíada, não é Data Fifa. Desse jeito, a autoridade é total dos clubes sobre seus jogadores.

Concorrentes de peso por uma das duas vagas em Paris-2024, Argentina e Uruguai já divulgaram suas convocações sem a presença de europeus. O Brasil, por sinal, larga atrás não somente pelo “atraso” no chamado, mas também no tempo de preparação. Os uruguaios, campeões do mundo sub-20, por exemplo, já iniciaram os treinamentos desde o último dia 11 sob o comando do treinador da seleção principal, Marcelo Bielsa.

Os episódios que tumultuaram o dia a dia na CBF nas últimas semanas fizeram com que Branco, coordenador de seleções, e Ramon Menezes, treinador da olímpico, seguissem por conta própria o planejamento visado o Pré-Olímpico. Isso porque a entidade entrou em recesso após o último dia 7 e em seguida teve a destituição do presidente Ednaldo Rodrigues por decisão da Justiça.

g1