Falta dinheiro para triplicação da BR 230 em Cabedelo
Ainda não há um prazo definitivo para conclusão da obra de triplicação da BR-230, no município de Cabedelo. O motivo é a falta de recursos. A primeira parte da empreitada alcançou 25%, e o trecho, que vai do km 1.8 ao km 11.5, deve ser concluído em fevereiro de 2020.
Porém, para dar andamento à segunda parte, que prossegue até a altura do viaduto de Oitizeiro e deveria ser entregue em 2022, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) na Paraíba vai depender de verba do Governo Federal.
“Estou indo a Brasília nesta quinta (5) e vamos discutir num fórum de planejamento do Dnit para fazer alocação de recursos para planejar e programar as ações para o ano de 2020”, explicou o superintendente da Unidade Local do Dnit, Rainer Branco. “A perspectiva inicial, se tudo correr bem, se a gente conseguir os recursos, se tudo correr dentro do programado, em 2022 a gente já tem uma conclusão dessa obra”, disse.
A segunda etapa trará os serviços até João Pessoa, mas ainda não é possível dar uma previsão. “Isso vai depender de um levantamento, da atualização dos projetos. Os aditivos para o contrato vigente não cabem mais. Por isso, vamos ter que fazer uma nova contratação”, acrescentou.
Segundo ele, porém, os serviços foram acelerados. “Estamos com praticamente quatro viadutos concluídos na parte da estrutura. Nos próximos dias, um deles, o da entrada da praia do Poço, será liberado para o tráfego. Até o fim do mês, a gente já tem uma programação de liberar parte do trecho para o pessoal começar a circular. Isso vai melhorar ainda mais o fluxo”, observou.
Andamento da obra
Em termos de obras, Rainer Branco afirmou que o serviço está sendo feito. “As coisas estão bem encaixadas e a chuva tem permitido que trabalhemos um pouco mais. A tendência é que, até o final do ano, os serviços acelerem e esse trecho, que termina no km 11,5, esteja concluído até fevereiro de 2020. O restante é uma etapa posterior, vamos fazer um levantamento dos serviços para poder licitar. Tem que ser dentro de um novo contrato”, justificou.
Segundo ele, para concluir 100% da obra, serão necessários mais 24 meses. “Vamos precisar de mais uns dois anos. Esse prazo, que parece ser extenso, se deve a uma problemática maior que a gente enfrenta, que é compatibilizar a obra com a rodovia operando. Isso causa uma demora ou essa programação de serviços mais prolongada”. concluiu.
A obra
– 26, 5 km de alargamento da pista, construção de vias paralelas que vão até o Hospital de Trauma de João Pessoa.
– Construção de 13 novos viadutos – um foi suprimido em Cabedelo para evitar questões de desapropriação, quatro estão em andamento e ficam prontos até o final do ano.
– Na entrada da praia do Poço, a rampa Norte está sendo pavimentada, e a rampa Sul recebendo aterro. Até o início de agosto, já deve ser liberada para o tráfego.
– Estão previstas ainda 14 novas passarelas para pedestres, além de intervenções de alargamento nos viadutos do Retão de Manaíra, no que fica próximo à UFPB e no viaduto do Cristo.
– Serão executados 37,93 km de vias marginais.
– Execução de segunda/terceira faixa de rolamento ao logo do empreendimento (terceira faixa a partir do km 1,7);
– Serviços de restauração e manutenção ao longo do trecho do empreendimento;
– Execução de serviços de drenagem, entre outros serviços complementares.
Ciclovias – Inicialmente, estava prevista a criação de 15 km de ciclovias. O único trecho que está sendo suprimido, após acordo com a prefeitura, é na área urbana de Cabedelo. Trata-se de cerca de 1 km, reduzindo a previsão inicial para 14 km.
Investimento – Em relação a investimento, o valor inicial era de R$ 255 milhões, mas com ajustes de projeto com drenagem, houve um aditivo, passando para R$ 270 milhões. Esse valor sofreu nova alteração, para 300 milhões para a obra toda. Só para a primeira etapa, são R$ 110 milhões.
Trecho incluído na triplicação
A obra de triplicação da BR-230 vai do km 0, no Porto de Cabedelo, até o km 28.1, no Viaduto Ivan Bichara (Viaduto de Oitizeiro). O trecho do Geisel, onde há o viaduto está pronto, fica dentro desse percurso, mas não será modificado.
*Texto de Lucilene Meireles, do Jornal Correio