Famílias do nordeste usam 11% da renda para encher o tanque
Em contrapartida, as regiões Sudeste e Centro-Oeste apresentaram médias inferiores
Que o brasileiro gasta muito com combustível a gente já sabe. Agora, novo levantamento nos mostra que o nordeste é a região que mais gasta com gasolina, além de outras coisas. Todos os detalhes vamos destrinchar ao longo do texto.
No terceiro trimestre de 2023, encher o tanque ficou mais caro. Isto porque o consumo de gasolina representou 6,6% da renda das famílias brasileiras – um aumento de 0,8% em relação ao primeiro semestre do mesmo ano e de 0,1% no trimestre anterior, quando o índice era de 6,5%.
No entanto, na região Nordeste a coisa ficou ainda pior. Lá, essa porcentagem foi ainda maior, atingindo, em média, 11% da renda familiar mensal.
Este é um número expressivo, que indica a predatória relação entre os salários e o preço dos combustíveis. Fica pior ainda se considerarmos como este é um gasto muitas vezes inevitável, seja para trabalhar ou deslocamentos diários essenciais.
Estes dados quem nos passa é o Indicador de Poder de Compra de Combustíveis, desenvolvido pela Fipe com base em informações da PNAD Contínua (IBGE). A divulgação é de responsabilidade do Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade.
O acompanhamento revela também as diferenças regionais no impacto do custo do combustível nas finanças familiares. No Nordeste, por exemplo, estados como Maranhão (12,1%), Alagoas (11,9%), e Bahia (11,4%) destacam-se com percentuais acima da média nacional.
Em contrapartida, as regiões Sudeste e Centro-Oeste apresentaram médias inferiores, com 4,9% em São Paulo e 5,4% no Centro-Oeste. Já entre as capitais, Rio Branco – AC lidera o ranking com 9,2%, enquanto Brasília registra o menor percentual (3,5%).
Além dos gastos, o Monitor de Preços de Combustíveis revela os desafios enfrentados pelos consumidores quando o assunto é cifras na bomba.
Diário da Paraíba com Garagem 360