Festival de Cannes anuncia seleção oficial com filme brasileiro sobre racismo
‘Casa de antiguidades’ é estrelado por Antonio Pitanga e conta a história de um operário negro do interior do Brasil. Longas de Wes Anderson e de Steve Mcqueen estão entre os 56 selecionados do evento, que não terá edição presencial neste ano.
O Festival de Cannes divulgou, nesta quarta-feira (3), os 56 filmes que compõem sua seleção oficial, selo de qualidade do qual poderão se beneficiar enquanto o evento, que aconteceria em maio, foi cancelado devido à pandemia de coronavírus.
Entre os selecionados, está o brasileiro “Casa de antiguidades”, do diretor João Paulo Miranda. Protagonizado por Antonio Pitanga, o filme conta a história de um operário negro do interior do Brasil.
Também compõem a lista o aguardado “The French Dispatch”, do americano Wes Anderson; “Eté 85”, do francês François Ozon; e dois filmes do diretor britânico Steve McQueen, vencedor do Oscar por “12 anos de escravidão” em 2014.
“Esta seleção mostra que o cinema ainda está vivo, também esteve durante o confinamento”, declarou o diretor-geral do festival, Thierry Frémaux, durante o anúncio da seleção ao lado do presidente do Festival, Pierre Lescure.
Inicialmente programado para maio e adiado para junho e julho por causa da pandemia de coronavírus, o Festival Internacional de Cinema de Cannes descartou qualquer possibilidade de realizar a 73ª edição em sua “forma física”.
“Os cineastas não baixaram os braços, pois nos enviaram 2.067 filmes, o que é um recorde. Com eles trabalhando, o mínimo que poderíamos fazer era receber esses trabalhos, ver os filmes”, disse Frémaux.
“Tivemos que encontrar outras formas. Nunca foi uma questão para nós dizer ‘adeus a todos, até o próximo ano'”.
Dentre os filmes selecionados, há também longas da cineasta japonesa Naomi Kawase, da francesa Maïwenn e do dinamarquês Thomas Vinterberg.
Veja, abaixo, a seleção de Cannes 2020:
“The French Dispatch”, de Wes Anderson
“Été 85”, de François Ozon
“Asa Ga Kuru”, de Naomi Kawase
“Lovers Rock”, de Steve McQueen
“Mangrove”, de Steve McQueen
“Druk”, de Thomas Vinterberg
“DNA”, de Maïwenn
“Last Words”, de Jonathan Nossiter
“Heaven: To the Land of Happiness”, de Im Sang-soo
“El Olvido Que Seremos”, de Fernando Trueba
“Peninsula”, de Sang-ho Yeon
“In the Dusk”, de Sharunas Bartas
“Des Hommes”, de Lucas Belvaux
“The Real Thing”, de Kôji Fukada
“Passion Simple”, de Danielle Arbid
“A Good Man”, de Marie-Castille Mention-Schaar
“The Things We Say, The Things We Do”, de Emmanuel Mouret
“Souad”, de Ayten Amin
“Limbo”, de Ben Sharrock
“Rouge”, de Farid Bentoumi
“Falling”, de Viggo Mortensen
“Sweat”, de Magnus von Horn
“Teddy”, de Ludovic e Zoran Boukherma
“February”, de Kamen Kalev
“Ammonite”, de Francis Lee
“Nadia, Butterfly”, de Pascal Plante
“Broken Keys”, de Jimmy Keyrouz
“The Truffle Hunters”, de Gregory Kershaw e Michael Dweck
“John and the Hole”, de Pascual Sisto
“Here We Are”, de Nir Bergman
“Un Médecin De Nuit”, de Elie Wajeman
“Enfant Terrible”, de Oskar Roehler
“Pleasure”, de Ninja Thyberg
“Slalom”, de Charlène Favier
“Casa de antiguidades”, de João Paulo Miranda
“Ibrahim”, de Samuel Guesmi
“Gagarine”, de Fanny Liatard e Jérémy Trouilh
“16 Printemps”, de Suzanne Lindon
“Vaurien”, de Peter Dourountzis
“Garçon Chiffon”, de Nicolas Maury
“Si Le Vent Tombe”, de Nora Martirosyan
“En route pour le milliard”, de Dieudo Hamadi
“9 Days at Raqqa”, de Xavier de Lauzanne
“Antoinette in the Cévènnes”, de Caroline Vignal
“Les Deux Alfred”, de Bruno Podalydès
“Un Triomphe”, de Emmanuel Courcol
“Les Discours”, de Laurent Tirard
“L’Origine du Monde”, de Laurent Lafitte
“Septet: The Story of Hong Kong”, de Ann Hui, Johnnie To, Tsui Hark, Sammo Hung, Yuen Woo-Ping e Patrick Tam
“Beginning”, de Déa Kulumbegashvili
“Striding Into the Wind”, de Wei Shujun
“The Death of Cinema and My Father Too”, de Dani Rosenberg
“Aya To Majo”, de Goro Miyazaki
“Flee”, de Jonas Poher Rasmussen
“Josep”, de Aurel
“Soul”, de Pete Docter
Diário da Paraíba com G1