Flamengo goleia o Corinthians no resultado financeiro em 2019
Clubes com as maiores torcidas do país, localizados nas cidades mais ricas do Brasil, tradicionalmente recebedores das maiores cotas de transmissão para seus jogos, Corinthians e Flamengo tinham tudo para travar uma disputa parelha pela hegemonia financeira no futebol brasileiro. Mas não é isso que acontece.
Os cariocas dão de goleada nos paulistas quando são comparados alguns dos principais indicadores de suas demonstrações financeiras de 2019. Com o futebol paralisado pela pandemia do novo coronavírus, a disputa na gestão segue a todo vapor.
O Flamengo divulgou seu balanço no fim de abril. Já o Corinthians teve um documento extraoficial vindo a público – o clube ainda revisa os números da demonstração entre os conselheiros antes de publicá-lo. Mas já deu para ter uma noção do abismo que separou o último exercício dos clubes.
Um dos principais motivos seria o fato de a receita com bilheteria do Corinthians ser usada para pagar o financiamento da Arena Corinthians. Em nota em seu site oficial, a diretoria do Timão tenta explicar a questão:
“As receitas de bilheteria afetam diretamente o fluxo financeiro (não econômico) do Clube pois são direcionadas para o custeio do financiamento da Arena Corinthians. É importante ressaltar que, apesar do impacto direto no fluxo financeiro atual, trata-se de um importante e imprescindível investimento para o futuro, considerando o potencial de receitas da Arena Corinthians, não somente em relação as receitas de bilheteria”.
No lado do Flamengo, o grande salto na arrecadação aconteceu graças à receita com bilheteria, em uma realidade de Maracanã sob sua administração, e à transferência de jogadores.
“Neste período, nossa receita bruta foi de R$ 950 milhões, com um resultado operacional positivo de R$ 237 milhões e um superávit de R$ 63 milhões. Estes resultados foram atingidos com investimentos de R$ 300 milhões em nossas operações e diversificando as nossas fontes de receita, ao mesmo tempo em que mantivemos nosso endividamento sob controle”, afirmou o clube no documento.
O Globo