Gabinete de desembargador paraibano fazia parte de ‘A firma’, referência a filme de Tom Cruise

O desembargador paraibano Siro Darlan, que atua no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, foi alvo da Operação Plantão, da Polícia Federal, na manhã desta terça-feira (24). Siro Darlan é alvo de um inquérito no STJ que apura a venda de sentenças no Fórum da Capital.

A antessala do gabinete de Siro Darlan quando era juiz titular daquela Vara teria sido transformada em um verdadeiro “balcão de negócios”. O delator Crystian Guimarães Viana chegou a se referir à quadrilha como “A Firma”, numa alusão ao filme estrelado por Tom Cruise.

A operação Plantão da Polícia Federal (PF) cujo o principal alvo é o desembargador Siro Darlan , na manhã desta terça-feira, é fruto da delação do ex-controlador-geral da Câmara Municipal de Resende Crystian Guimarães Viana, apontado pela polícia como chefe de uma quadrilha responsável por criar empresas de fachada e fraudar licitações para prestação de serviços. Preso, ele resolveu contar então às autoridades o que sabia sobre a compra e venda de habeas corpus.

Viana afirmou que era ele quem abria as empresas fantasmas para fazer contratos fraudulentos que ensejaram as prisões de 21 pessoas, entre elas funcionários da Câmara de Resende, em 2015 , acusados de causarem um prejuízo de cerca de R$ 900 mil aos cofres públicos.

Vianna conta que um dos alvos da operação, o economista Ricardo Abbud, foi solto pelo plantão judiciário da 2ª Vara Criminal, ao qual Darlan foi designado, em 30 de outubro do mesmo ano. É nesse processo de soltura que se encaixa a delação de Viana.

 

G1