Governo avalia que Auxilio Brasil de R$ 400 vai sustentar o consumo e ajudar PIB em 2022
O governo avalia que a concessão do Auxílio Brasil (novo Bolsa Família) de R$ 400 vai ser crucial para sustentar o consumo das famílias e ajudar no crescimento da economia neste ano.
Analistas e instituições financeiras estimam um crescimento próximo de zero para o país neste ano. Nesta semana, o Banco Mundial reduziu de 2,5% para 1,4% a projeção de crescimento da economia brasileira em 2022.
Segundo o Boletim Focus, do Banco Central, o mercado projeta um PIB de 0,28% para o Brasil em 2022. O governo, oficialmente, ainda trabalha com uma previsão de 2,1%.
O Auxílio Brasil deve injetar R$ 90 bilhões na economia neste ano, dos quais R$ 30 bilhões já faziam parte do Orçamento do Bolsa Família. Portanto, é um adicional de R$ 50 bilhões.
Para integrantes do governo, esse valor vai reforçar o consumo das famílias e ajudar no crescimento do país.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, também aposta nos investimentos privados já contratados como motor para a recuperação da atividade econômica. Esses investimentos foram impulsionados, na avaliação do ministro, por conta dos marco regulatórios aprovados pelo Congresso ao longo do ano passado.
Embora confiante com a retomada da economia, o governo sabe que a alta da inflação e a necessidade de subir os juros para contê-la irá prejudicar a atividade econômica, mas não o suficiente para estagnar a economia.
Além de investimentos já contratados por meio de concessões do governo federal, há aportes de empresas privadas em projetos próprios.
Auxiliares do ministro preparam o que tem sido chamado internamente de “monitor de investimento”, que vai concentrar as informações relativas a esses aportes já contratados.
Desde 2019, o Programa de Parcerias e Investimentos (PPI), braço de concessões e privatizações do governo, já realizou leilões que contrataram R$ 700 bilhões em investimentos nos próximos 20 anos.
Em 2022, os leilões podem gerar R$ 311,3 bilhões em investimentos. São esses números que estão sendo usados pelo ministro para justificar porque acredita que a economia brasileira irá crescer em 2022.
O Globo