Governo Lula prepara “desmilitarização” da administração em cargos comissionados
O presidente eleito, Luís Inácio Lula da Silva (PT) já anunciou que deve retirar 8.000 oficiais que ocupam cargos no Executivo Federal. A medida foi tratada pelo petista antes mesmo da eleição, durante reunião na Central Única dos Trabalhadores, em abril.
“Nós vamos ter que começar o governo sabendo que nós vamos ter que tirar quase oito mil militares que estão em cargos, pessoas que não prestaram concursos”, declarou Lula na ocasião, de acordo com a revista Veja.
Em alguns órgãos, já existira estudos prontos. Levantamento do Tribunal de Contas da União, realizado há dois anos, apontou que o número de militares que ocupavam cargos civis no governo Bolsonaro dobrou em relação ao governo de Michel Temer. Eram 2.765 em 2018. Em 2020, já passavam de 6 mil.
Vale salientar que, quando o presidente Jair Bolsonaro (PL) assumiu o governo, em 2019, o então ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou que era preciso “despetizar o Brasil”, ou seja, retirar todos os petistas que até então ocupavam cargos de confiança no Executivo federal. Foram feitas centenas de exonerações de funcionários identificados como militantes do PT que tinham cargos de comissão no Palácio do Planalto e nos ministérios.
Com informações da Veja