Guiana já descobriu na margem Equatorial 75% do petroleo do Brasil

A chamada Margem Equatorial, considerada a nova fronteira petrolífera no Brasil e que tem motivado debates dentro do governo, desde que o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) negou, em maio, a licença ambiental para que a Petrobrás inicie as pesquisas para comprovar as reservas no local, já tem gerado significativos recursos para a Guiana.

O país foi o primeiro a descobrir petróleo na região, em 2015. Explorado pela norte-americana ExxonMobil, atualmente, só na região, o país já descobriu o equivalente a 75% da reserva total de petróleo do Brasil. A reserva da Guiana na Margem Equatorial totaliza 11 bilhões de barris. A reserva brasileira, incluindo as descobertas no pré-sal, totaliza 14,8 bilhões de barris.

Além da Guiana, o Suriname também já fez a sua primeira descoberta, em 2020, com comprovação de potencial de extração de 4 bilhões de barris na região, cerca de 27% da reserva brasileira.

A Petrobrás enviou mais documentos ao Ibama sobre o teste pré-operacional, pedindo nova avaliação, mas, embora ainda aguarde resposta do Instituto, é difícil que a exploração da Margem Equatorial não aconteça.

Com os debates em torno da questão, pouco a pouco a polêmica gerada entre ambientalistas dos riscos para a Bacia da Foz do Amazonas vai sendo esclarecida, considerando que a bacia sedimentar, o bloco para exploração, não fica próxima da foz do rio Amazonas, mas a 500 km de distância. Além disso, o próprio presidente Lula, e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e outros membros do governo, já garantiram que a Petrobrás vai intensificar estudos e investimentos na Margem Equatorial.

“O estudo do Ibama não é definitivo. A Petrobrás tomará todos os cuidados na exploração”, disse o presidente Lula em entrevista a repórteres da região Amazônica, no último dia 3.

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