Impactos negativos da pandemia de Covid-19 tiveram uma redução na 2ª quinzena de agosto, diz IBGE
Muitas empresas brasileiras sentiram os impactos negativos durante a pandemia da Covid-19, porém nas últimas semanas do mês de agosto foi possível sentir uma melhora significativa após o retorno das atividades comercias. Uma em cada dez empresas ainda sentem esses reflexos, levando muitas companhias a fecharem as suas portas.
Segundo os dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro e Geográfico e Estatística) nesta quinta-feira (1°) da Pesquisa Pulso Empresa: Impacto da Covid-19, das 34 milhões de empresas brasileiras que estiveram em funcionamento durante o final do mês passado, 33,5%, notaram efeitos negativos durante a pandemia em suas atividades. Por outro lado, na metade do mês de agosto, foi registrado 38,6%. Isso significa que houve um recuo no percentual de empresas afetadas.
Em empresas de diversos portes perceberam uma melhora, apontando pequenos incidentes ou inexistentes na quinzena do que impactos negativos. Na empresas de grande porte mais da metade dos 52,6%, afirmaram que os efeitos negativos causados pela pandemia são pequenos ou inexistentes e de porte intermediário 43,3% e para as de pequeno porte o percentual atinge 37,8%. Porém, as que mais perceberam um efeito positivo na pandemia foram as de porte intermediário atingindo 33,8% delas.
O coordenador de Pesquisas Conjunturais em Empresa, Flávio Magheli, declarou que a pulso a principio procurou avaliar a situação das empresas em comparação com o período de pré-pandemia, e logo depois acompanhá-los ao longo destes últimos três meses.
“Num primeiro momento, percebemos impactos negativos correlacionados à demanda – vendas, produção e atendimento – devido ao fechamento das lojas e ao isolamento social. E, num segundo momento, o que passou a prevalecer foram os pontos relacionados à oferta e à cadeia de suprimentos, devido às dificuldades de acessar fornecedores”, analisa Magheli.
Segundo o pesquisador, percebeu-se um processo da retomada gradual das atividades, causado pela influência de aberturas e flexibilização das ações de proteção nos estados e municípios. Com isso, muitas empresas notando que os impactos estão cada vez mais negativos. “Mas os municípios tiveram ações diferenciadas e, apesar de avançarem no movimento de abertura, muitos ainda operam com controles e restrições de horário ou capacidade”, afirmou o coordenador.
Contudo foi o setor de construção cível que foi mais sentiu uma redução nas vendas, atingindo 42,7%
Ainda segundo a pesquisa do IBGE, aponta que 85 % das empresas conseguiram permanecer com o mesmo número de funcionários na segunda quinzena de agosto, 8,1% demitiram e 6,3% aumentaram o quadro.
Com relação as 280 mil empresas que tiveram uma redução de empregados, houveram 56,8% ou 159 mil diminuíram em até 25 % dos contratados.
Para diminuírem os efeitos da pandemia, as companhias adotaram medidas de prevenção e proteção extras de higiene, adotadas por mais de 93,1% das empresas que neste momento estão em funcionamento, outros 25,7% mantiveram o trabalho em Home Office e 20,1% anteciparam as férias de funcionários.
Luana Santos com Diário da Paraíba