Inventário Florestal Nacional da Paraíba: 45% do estado têm vegetação natural
A Secretaria de Estado da Infraestrutura, dos Recursos Hídricos e do Meio Ambiente (Seirhma) lança, nesta segunda-feira (2), o Inventário Florestal Nacional da Paraíba. O evento ocorre a partir das 14h no auditório da Companhia de Desenvolvimento da Paraíba (Cinep), em João Pessoa. O levantamento ocorreu em todo o estado, em uma área de 56 mil quilômetros quadrados em 223 municípios, no período de maio de 2016 a março de 2017.
Na Paraíba, o Inventário foi realizado por meio de um trabalho conjunto entre o Serviço Florestal Brasileiro, Secretaria da Infraestrutura, dos Recursos Hídricos e do Meio Ambiente do estado (Seirhma) e do Herbário Lauro Pires Xavier da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), por meio do Projeto de Apoio ao Instituto Florestal Nacional (IFN), com recursos do Global Environment Facility (GEF), administrados pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
A coleta de dados em campo aconteceu em 151 unidades amostrais, distribuídas a cada 20 quilômetros, sobre todo o território estadual, e foi realizada pela empresa Nordeste Reflore. Essas informações se dividem em três componentes: análise da cobertura de vegetação, coleta de dados biofísicos e levantamento socioambiental.
No trabalho realizado, foi identificado que 45% da extensão territorial da Paraíba é coberta por vegetação natural, predominantemente do Bioma Caatinga. Dos 223 municípios, 31% (69 deles) apresentam mais de 50% do território coberto de vegetação natural. Foi constatado ainda que a espécie endêmica Guarda-Orvalho (Erythroxylum pauferrense), que só ocorre em brejos de altitude do estado, está ameaçada de extinção por ser rara na natureza e por ocorrer em ambientes sujeitos à degradação.
O Inventário Florestal Nacional é uma ação que pode produzir informações ao governo federal estratégicas sobre os recursos florestais brasileiros. O levantamento de dados é feito diretamente nas florestas naturais e plantadas, onde são realizadas coletas de amostras botânicas, amostras de solo, medição de árvores, além de entrevistas com moradores das proximidades, com o objetivo de identificar as realidades locais.
Diário da Paraíba com Secom-PB
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