João Azevêdo prioriza aproximação administrativa com governo federal, deixando para trás rusgas políticas
“Res publica” é o nome latino para a “coisa pública”, a que é de todos, não uma propriedade privada. E seguindo o espírito republicano e democrático, o governador João Azevêdo (PSB) entendeu, em pouco tempo de mandato, que seu principal papel na condução do Estado da Paraíba está pautado no bem viver da coletividade. Embates com o governo federal, por exemplo, são como ervas daninhas que obstruem caminhos para um maior desenvolvimento social e econômico do povo paraibano.
O socialista assimilou que, enquanto ente federativo, a Paraíba necessita, e muito, de um bom relacionamento com a União. Não se pode governar um Estado nos moldes da República brasileira como se fosse ilha ou território independente. Faz-se necessário o diálogo com todos que compõem a Nação.
E assim João Azevêdo separou, como Moisés, o “Mar Vermelho” dos dissabores, elevando seu cajado para colocar seus anseios políticos em uma margem, e a governabilidade administrativa do Estado na outra. E nessa postura centrada na flexibilidade política, voou para Brasília a fim de manter contatos com ministros do governo Bolsonaro e, assim, dar passos importantes para a liberação de recursos federais que possam contribuir com o crescimento da Paraíba.
Nesta quarta-feira, por exemplo, o chefe do Executivo paraibano, acompanhado da vice-governadora Lígia Feliciano (PDT) e integrantes da bancada federal do Estado estiveram reunidos com o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos César Pontes. Na pauta, a instalação do estaleiro em Lucena.
Orçado em U$ 800 milhões de dólares, é praticamente impossível a construção do implemento sem o apoio do governo federal como elo de ligação para investimentos privados, em especial os advindos do exterior.
Azevêdo entende a dimensão do projeto. Não se pode colocar na prateleira do esquecimento um dispositivo que trará à economia da Paraíba R$ 3,5 bilhões de reais e gerará aproximadamente seis mil empregos. Por isso vale a máxima: “amigos, amigos, negócios à parte”.
Por Eliabe Castor