Jovem tetraplégico ganha órtese produzida pelo Laboratório do Hospital Metropolitano

Um jovem tetraplégico ganhou nesta segunda-feira (9) um equipamento que servirá de auxílio na prevenção de deformidades articulares. Ele foi beneficiado com uma órtese confeccionada pelo Laboratório de Tecnologia Assistiva do Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires. O Laboratório foi criado este ano e já beneficiou mais de 150 pacientes, além dos profissionais de saúde.

O equipamento auxiliará na prevenção de deformidades articulares, já que possui função de alinhar, prevenir e corrigir deformidades ou apoiar uma parte do corpo que esteja em processo de reabilitação, recuperação física e funcional dos membros superiores e inferiores.

O dispositivo foi confeccionado sob medida e tem por função possibilitar a manutenção das funções motoras do adolescente. “Além desses aspectos, utilizamos deste recurso para prevenir deformidades e reduzir a dor, e com isso, propiciar melhor qualidade de vida e dignidade. Coletamos as medidas antropométricas e utilizamos de material termoplástico de alta temperatura para melhor higienização e durabilidade da órtese”, explicou Wendy Chrystyan, terapeuta ocupacional e responsável pela confecção da órtese.

Segundo Cecilia Silvestre, terapeuta ocupacional, o tratamento oferecido é voltado para a recuperação funcional, sendo a confecção de órtese um dos procedimentos realizados pela equipe. “Identificamos a necessidade desse paciente e buscamos auxiliá-lo na realização das suas atividades de vida diária. Essa é a primeira órtese que produzimos no nosso Laboratório de Tecnologia Assistiva, e estamos felizes com o resultado”, pontuou.

No momento da entrega, Adriana da Costa, mãe do beneficiado, emocionada, agradeceu. “Me sinto muito feliz porque não sabia que tinha esse tipo de material aqui no Metropolitano, que seria feito e entregue gratuitamente. Eu pensava que teria que comprar. Me sinto acolhida por todos os profissionais que cuidam e gostam do meu filho, principalmente os médicos, psicólogos, T.O e técnicas” disse, mencionando a alegria diária do filho com as atividades desenvolvidas pelas profissionais.

De acordo com a coordenadora da Terapia Ocupacional, Renata Gomes, utensílios como pratos, copos e talheres são adaptados para ajudar no tratamento e na independência dos pacientes na realização de suas atividades cotidianas, durante a internação e após sua alta hospitalar. “Tudo é feito de acordo com as necessidades de cada um. Produzimos também, com baixo custo, através do laboratório, protetores faciais (face shield), utilizados na proteção dos profissionais que atuaram no combate ao novo coronavírus”, enfatizou.

Diário da Paraíba