Justiça começa a interrogar réus nesta segunda-feira no Caso Braiscompany
Começam nesta segunda-feira (13) os interrogatórios dos réus denunciados pelo Ministério Público Federal por integrar e operar um esquema de pirâmide financeira usando criptomoedas. Eles serão ouvidos durante duas semanas pelo juiz Vinícius Costa Vitor, da 4ª Vara de Justiça Federal, sediada em Campina Grande.
A Justiça tornou réus o casal Antônio Neto Ais e Fabricia Ais, donos da Braiscompany e que estão foragidos, Arthur Barbosa da Silva, Clélio Cabral, Deyverson Serafim, Fabiano Gomes da Silva, Felipe Guilherme Souza, Fernanda Campos, Flávia Campos, Gesana Rayane Silva, Mizael Moreira Silva, Sabrina Mikaelle Lima e Victor Hugo Duarte.
Para o MPF, algumas situações indicam que Antônio Neto Ais adotou como estratégia a aquisição de patrimônio, dias antes da deflagração da Operação Halving, ação realizada em fevereiro, quando a PF cumpriu oito mandados de busca e apreensão na sede da empresa, suspeita de ter movimentado R$ 1,5 bilhão criptomoedas em quatro anos. O mesmo período que acontece a redução de recompensas por blocos minerados de Bitcoin (BTC tickers down R$184.144) , o que inspirou a escolha do nome da operação.
Em um áudio divulgado , Antônio Neto orienta uma de suas cunhadas, Flávia Campos, a quitar um veículo BMW. Para o MPF, Flávia “beneficiou-se diretamente da atividade ilícita da empresa comandada por sua irmã e seu cunhado. Consta que ela recebeu, em sua carteira na Binance, valores superiores a R$ 463.000,00. |Em sua oitiva policial, Flávia Campos afirmou que a sua remuneração era de R$ 20.000,00, montante bastante significativo para a realidade de Campina Grande. Por fim, circulava na cidade em um veículo BMW X1, apreendido nos autos n. 0800369-14.2023.4.05.8201 e avaliado, segundo a tabela Fipe, em aproximadamente R$ 180.000,00”.
O MPF afirma ainda que, dois dias antes do diálogo com Flávia, Antônio Ais orientou Felipe Souza, esposo de Fernanda Campos, outra cunhada, a quitar uma fazenda. Segundo a denúncia, Antônio diz que Felipe, também denunciado, precisava “trabalhar a quitação da fazenda” a fim de “estar com recursos, carro e patrimônio porque os próximos três meses serão de turbulência”.
Bomba Paraiba