Mais cinco pacientes de Manaus recebem alta do Hospital Universitário de João Pessoa

Cinco pacientes oriundos de Manaus com Covid-19 receberam alta nesta quinta-feira (28), do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW-UFPB), da Universidade Federal da Paraíba e vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

De acordo com informações do HULW, os pacientes receberam alta por volta das 14h.

A alta foi dada a três homens e duas mulheres que se tratavam contra o novo coronavírus no HU de João Pessoa.

Relatos

Erick Albert, 45 anos, relatou que teve medo de morrer devido a doença. “De início, eu assustei, porque eu pensei muito na minha família. Havia gente morrendo do nosso lado e eu pensava: meu Deus, será que eu vou morrer longe da minha família? Mas minha filha conversou comigo, eu decidi vir e aí foi só graça”, contou.

Francisco das Chagas Rodrigues, 51 anos, contou: “Simplesmente, eu queria de imediato um atendimento para que eu pudesse escapar da morte e lá eu não estava encontrando. Eu fui mais uma vítima da covid e sem ter um atendimento de que eu estava precisando com urgência”, disse.

Antes de ser transferido para João Pessoa, ele sofreu três paradas cardíacas e chegou a ficar dois dias em coma. “Aí foi quando apareceu a oportunidade para vir para a Paraíba e eu não pensei duas vezes. Falei para a minha esposa: pegue meus documentos que eu vou embora agora, porque eu sei que para lá eu vou conseguir um tratamento. Vou conseguir a medicação e o oxigênio que eu preciso”.

A decisão se mostrou acertada. “Quero agradecer a todos do hospital pelo tratamento que recebemos aqui”.

Pacientes

No momento, cinco pacientes permanecem no Hospital Universitário Lauro Wanderley, sendo três na enfermaria e dois na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas há perspectiva de novas altas em breve.

“A previsão para os pacientes que se encontram na enfermaria é que, em 48 horas, eles tenham possibilidade de alta para retornar a Manaus”, afirmou Pablo Antonio Vidal, chefe da Divisão Médica do HULW.

“Além da recuperação clínica, cuidamos muito bem da questão epidemiológica dos pacientes. A gente respeitou os 14 dias de isolamento, de quarentena, para eles não terem perigo de transmitir mais a doença”, comentou o médico Pablo Vidal, reforçando que não há risco de contaminação no voo comercial quando os pacientes que tiverem alta retornarem para suas casas.

Diário da Paraíba