Ministério da Saúde se posiciona pela primeira vez contra uso de cloroquina e invermectina

O presidente Jair Bolsonaro segura uma caixa de cloroquina no Palácio da Alvorada, em julho de 2020

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) desaprovou o uso de medicamentos com ineficácia comprovada contra Covid-19, como hidroxicloroquina, cloroquina, ivermectina e azitromicina, em hospitais. É a primeira vez que há um posicionamento contrário por parte do Ministério da Saúde em relação ao uso dessas drogas. Apesar disso, a pasta não traz orientações contra o “kit Covid”, defendido pelo presidente Jair Bolsonaro como tratamento precoce mesmo sem nenhum tipo de evidência científica.

Segundo o documento, não há evidências de que o uso, isolado ou junto a outros medicamentos, beneficie o tratamento da Covid-19.

“Alguns medicamentos foram testados e não mostraram benefícios clínicos na população de pacientes hospitalizados, não devendo ser utilizados, sendo eles: hidroxicloroquina ou cloroquina, azitromicina, lopinavir/ritonavir, colchicina e plasma convalescente. A ivermectina e a associação de casirivimabe + imdevimabe não possuem evidência que justifiquem seu uso em pacientes hospitalizados, não devendo ser utilizados nessa população”, diz o documento.

Já outros remédios, como o corticoesteroide dexametasona, além de anticoagulantes, são recomendados em casos específicos e dentro do ambiente hospitalar.

Diário da Paraíba com EXTRA