Ministro do STJ nega habeas corpus e mantém padre Egídio atrás das grades

Padre Egídio está preso desde o último dia 17 após se entregar à Justiça (Foto: Reprodução

Vai continuar preso o padre Egídio de Carvalho Neto, acusado de comandar um esquema de desvios de recursos no Hospital Padre Zé, em João Pessoa. A decisão é do ministro Teodoro Silva Santos, do Superior Tribunal de Justiça (STF), conforme apurado. O ministro indeferiu, na noite desta terça-feira (28), o habeas corpus impetrado pela defesa, e entendeu que o religioso deve ser mantido atrás das grades.

“Não conhecido o habeas corpus de Egídio de Carvalho Neto (preso)”, diz o resumo da decisão, publicada às 18h50 desta terça-feira (28).

Padre Egídio foi preso no último dia 17 após se apresentar às autoridades policiais juntamente com seus advogados de defesa. O mandado de prisão contra Egídio de Carvalho foi autorizado pelo desembargador Ricardo Vital, do Tribunal de Justiça da Paraíba após recurso do Ministério Público da Paraíba (MPPB).

Também foram presas, na mesma ocasião, as ex-diretoras do Hospital Padre Zé, Amanda Duarte e Jannyne Dantas. Padre Egídio e as ex-diretoras são acusados de desviar pelo menos R$ 140 milhões da instituição filantrópica.

Conforme noticiado, os desvios aconteceram entre 2013 e setembro deste ano, momento em que foi deflagrada a Operação Indignus, investigando as irregularidades. O Instituto São José é responsável pelo Hospital Padre Zé e Ação Social Arquidiocesana.

Os atos ilícitos que são investigados são relacionados a desvios de recursos provenientes de programas sociais essenciais, como da distribuição de refeições a moradores de rua, amparo a famílias refugiadas da Venezuela, apoio a pacientes em pós-alta hospitalar, realização de cursos profissionalizantes, preparação de alunos para o ENEM, cuidados de pacientes com HIV/AIDS, entre outros. A investigação aponta ainda que os desvios comprometeram o atendimento a populações carentes e necessitadas atendidas pelo Hospital Padre Zé.

Diário da Paraíba com ClickPB